E m 1974, o Alberto João foi convidado pelo Bispo Santana para diretor do Jornal da Madeira. Uma igreja ‘’ortodoxa’’, retrógrada, punitiva e insular, que se manifestou durante séculos, abençoando a Colonia e a Emigração, desta vez tinha medo dos ventos democráticos. Assumido o cargo e a escrita pestilenta e persecutória, faltava a este diretor de jornal, empregado do Bispo Santana, o poder partidário. O eleito pelo PPD (Ornelas Camacho) tinha ganho as eleições em sufrágio universal mas, por vontade dos ‘’deuses’’ foi apeado internamente em 1978. Para não haver barraca, mantiveram-no no Governo Regional como Secretário Regional do Equipamento Social. O então Presidente da República, Ramalho Eanes, não gostou mas a Constituição da República, muito limitativa, não lhe permitiu dissolver o parlamento regional.
Dirigentes do PPD, entenda-se o ‘’gang’’ de Alberto João com o apoio do Bispo Santana, deitaram abaixo, ‘’por dentro’’ um governo eleito. Era preciso uma velha dinâmica para um Tempo Novo (25 de Abril de 1974). A troco do desenvolvimento, iniciou-se a perseguição aos comunistas e aos padres progressistas que estavam com o povo miúdo e tinham nome: Martins Júnior, Tavares e outros tantos que seriam escorraçados da Madeira, sem que o Pilatos (Bispo deles todos), sujasse as mãos. A Flama, Flameou-os com estrondos noturnos e diurnos.
Passados estes anos, toda a gente conhece a História, os personagens que a fizeram e costuma dizer: «Tudo isso são coisas do passado». Pois bem, devemos analisar a atual diocese, a sua postura, ética e moral. A sua não intervenção, baseada na frase «à política o que é da política à religião o que é da religião» nada mais é que um gesto cínico e falso. O Bispo Grilo Falante e os padres como, o São Marcos ‘’Sieg Heil’’ da Sé, recebem do governo regional (em letra pequena), milhões em apoios. São as construções de templos, as casas paroquiais, os centros de convívio e catequese e ainda o apoio ao ensino particular, aos milhares de euros por cada unidade, aberta e frequentada pela elite madeirense. ‘’Colégio Santa Carochinha’’, ‘’Colégio da Apresentação da Marinela’’, ‘’Apel… que não é da Macintosh’’ e outras escolas, dentro e fora do Funchal.
Resumindo: se a igreja madeirense ouvisse o seu IMÃ… em Roma, participaria na mudança que se impõe a este povo triste, pobre, iletrado, muito dependente do álcool, jogo do bicho e futebol…!
TODOS!TODOS! TODOS! Liberdade, Autonomia! Dignidade! Não à Corrupção! Não aos ricos dos vistos gold, os outros são bem-vindos, precisamos de investimento que não seja mafioso e crie riqueza.
TODOS! TODOS!TODOS! A Democracia não mete medo a ninguém. Isso devia ser o «sumário» para todas as igrejas, na homilia do domingo. O povo pode votar noutros partidos, noutras sensibilidades. A mudança na Madeira precisa mesmo de acontecer, 48 anos depois.
Mas, não será com esta igreja do Bispo Grilo Falante. O silêncio deste dirigente, significa que a sua manada está habituada ao ‘’Sunismo da Arábia’’ e que aqui, se o Príncipe das Flores continuar a governar, as ‘’mesquitas do futuro’’ serão construídas a custo zero, com a ajuda do São AFA e do São RIM.
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