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| Pescas sempre foi uma secretaria do CDS desde 2019, certo? Rodrigues dá um bom Albuquerque. |
N o dia que tornaram a política profissão em contínuo, e não por mandatos, estragou-se tudo. A permanência determina a antítese da democracia, que é a continua alternância. Porque a alternância evita vícios, costumes, acertos, negócios sobre a suposição de que há eleições mas nada muda. Corrupção, peculato, etc, quanto mais anos mais capacidade de inventar como ...
Passados alguns anos, as pessoas acostumam-se à ideia e participam nesta filosofia da alternância na continuidade, ou seja, há eleições para mudar mas fica o mesmo. Assim há gente que pensa na política como um "débito em conta", está programado, o sucesso é mais certo se eu conseguir chegar a um lugar ao sol.
Chega a viciação, quem tem o poder só o quer para si e perde a noção de que está ali por todos. É um ambiente fantástico se a Justiça não intervir. Reparem que se não é capaz de governar por todos, então é um fingido de retórica eloquente que encontra sempre uma verbalização airosa para ter razão. É um egoísta, com mais tempo torna-se um corrupto, é impossível não resistir à máfia que quer sujar todos para terem o bico calado.
Quando se é corrupto e agarrado à imunidade para mais anos, é um clímax, quem é eleito e não lhe provoca qualquer tipo de sentimento ver seu povo a empobrecer, a mingar e a emigrar, atingiu um grau de autocracia elevado dentro da cleptocracia, uma insensibilidade social não diferente do Passos Coelho que agora não disfarça ser mais um Chega no PSD. Aqui também temos chegas", laranjas, uns transferem-se, outros ficam.
Mas agora vamos ao CDS, de antes das Regionais de 2019, que portento a largar forte e feio no PSD, o Lopes da Fonseca foi um ícone contra o PSD, mas espera, depois da noite eleitoral surgem os acordos secretos, na sede do CDS festejou-se a derrota eleitoral efusivamente e foram Governo, Presidente da Assembleia e inúmeros tachinhos, só na Saúde deu barraca.
Pegando de novo no Lopes da Fonseca, este tornou-se então no ícone em favor do PSD na ALRAM. Se o Universo nos dá a noite e o dia em 24 horas, não se pode jurara a pés juntos por dois partidos com poucas semanas de diferença? Havia deputados do PSD que quando Lopes da Fonseca discursava, pensavam e diziam que não eram capazes de tanto e que qualquer dia o Lopes da Fonseca era candidato pelo PSD. Não chegou a tanto, a família está bem prendada e por um pequeno pormenor não foi para a lista do CDS, a sua reputação de bipolaridade política é tal e pega lume em qualquer estratégia eleitoral. José Manuel Rodrigues, um profissional da política, que quer voltar ao tacho teve que mudar tudo ... menos ele próprio.
Não é justo se dizer que José Manuel é igual a Lopes da Fonseca, mas não está longe, este CDS que nunca moderou o PSD e que pelos tachos foi muito pior, este CDS que deu show na Assembleia em favor do PSD e das suas políticas em coligação, anda agora a descobrir tantas coisas erradas na Governação. E faz promessas como o PSD, o minúsculo com ares de governo. É desplante e lata. Mas há agora uma coisa muito diferente, a experiência pela qual todos passamos. Dizer antes das eleições de 2019 que o CDS estava combinado com o PSD, deixava alguns incrédulos, não acreditavam, e eles mentiram e enganaram todos para chegar ao tacho. Se agora acreditam no que diz José Manuel Rodrigues, não existe perdão e existe histórico.
Mas cuidado que eles são muito bons a iludir, CDS e PSD, o Ministro da Defesa até já manda investigar a licença de comércio de armas na Softbox Madeira (eles são todos do contra, mas como diz Albuquerque isso passa-lhes depois das eleições), e desta feita, escaldado e ressentido pela falta de solidariedade da Madeira nas Legislativas Nacionais, Montenegro não vem à campanha. Mas, e se o milagre acontece, vêm ambos, Melo e Montenegro beber da vitória? Provavelmente, porque precisam de mostrar trabalho e sucesso, porque a população teria legitimado a corrupção na Madeira ... aquele que o Governo da República diz combater.
A política é tão "séria".
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