A propósito da reunião de dirigentes dos clubes...


N em que o vil metal seja o móbil  da mais que esmiuçada reunião, a verdade é que o facto de haver um presidente do governo que mais parece um cadáver adiado, redundou na reunião de uns quantos abutres para marcarem posição no banquete. Não  menos verdade é que nem todos serão abutres, nem todos têm  a mesma propensão para viver do desporto como aquele que vai tomando as rédeas da manifestação. 

Outros e outras há que, não aparecendo na fotografia de família, já se deliciam com as boas fatias que lhe chegarão, tenham os da fotografia sucesso nas suas reivindicações. Só  quem andar distraído é que não se apercebe das festas e festarolas ou inaugurações cheias de pequenos ao sol, a ouvir a cartilha do costume quando o que esses inocentes querem é mesmo brincar. Essas marionetas com ar de pavão e/ou pavoa sim, são os verdadeiros coveiros do desporto na região. Deixam-se usar pelos intocáveis, têm  noção disso e têm ambição de serem uns deles. Por isso, usam e abusam das instituições a que presidem, usam carros em proveito próprio, destribuiem uns euritos por outros ditos dirigentes de clubes de vão de escada. Estes, de carácter duvidoso, inscrevem e federam atletas sem conhecimento e autorização dos pais, recebendo os tais euritos para quando houver eleições delegarem num acólito do séquito o voto que vão levar, novamente, estes sorvedores da cousa pública a mais um mandato.... e ai de quem ouse pensar diferente! Fica logo a conhecer os tiques ditatoriais que emanam de quem anda sempre a lamber as botas aos que, com capa de políticos democráticos, não passam de reles personagens instruídas pelo pior que a pseudodemocracia desta terra já defecou.

Agora também é justo dizer que alguns destes dirigentes fazem um trabalho excecional tendo em conta as dificuldades que encontram. Vou dar alguns exemplos depois de um breve auxiliar de memória sobre o que é, ou pelo menos o que deveria ser o desporto: - primeiro, devia ser tão  valorizado como são  as notas da escola que, tão erradamente e tão  injustamente, catalogam os nossos jovens e que por essa via fazem da vocação um mero vocábulo e que não conta para quase nada. Depois, quem pratica desporto deveria ver inscrito e reconhecido no seu currículo essa competência de trabalhar com outros pares e/ou equipas. Há países em que o desporto é  visto como um investimento fundamental na população, o que vai permitir poupanças, nomeadamente na saúde, e que multiplicam  várias vezes esse investimento.

Mas nesta terrinha no meio do mar, e que por essa condição obriga a deslocações constantes, vê-se isto como um fardo, a começar pela questão  básica de não permitir, leia-se apoiar, que as equipas jovens das mais várias modalidades possam competir em igualdade com as do resto do país, pelo menos no número de elementos que as constituem, como por exemplo no Andebol em que o número máximo são 14 elementos ou no basquetebol onde esse número é  de 12 e onde o governo só apoio num número inferior. A mensagem que se passa aos jovens que ficam é: esqueçam lá isso do mérito de durante uma época terem conseguido um lugar na equipa porque o governo não quer saber. Muitos desistem... e isto sim, devia ser uma das principais preocupações dos dirigentes. Outra questão é a tão obtusa e ultrapassada regra dos não madeirenses  nas equipas que levam a cortes nas subvenções e que só enfraquecem as equipas regionais e por essa via fragilizam o praticante madeirense... continuidade territorial só quando interessa... enfim... 

Que haja um partido da oposição que tome as rédeas da urgente mudança do paradigma de apoio ao desporto e estou em crer que muitos mais aflitos vai deixar. Que ponham na praça pública quem são esses vendidos e compradores que se permitem a tais atitudes sub repticias e que minam aquilo que deveria ser um dos pilares da sociedade - o DESPORTO.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 16 de junho de 2024
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