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P reparem-se, porque o circo político está de volta e, desta vez, com um espetáculo digno de aplausos. O partido Chega, conhecido por se erguer como o grande bastião contra a corrupção em Portugal, está prestes a protagonizar um ato de prestidigitação política tão impressionante que faria Houdini corar de inveja. Amanhã, o Chega planeia votar a favor de José Manuel Rodrigues para a presidência da Assembleia Legislativa da Madeira, com o pequeno detalhe de que ele é apoiado pelo PSD de Miguel Albuquerque, aquele famoso pela sua coleção de escândalos de corrupção.
O Número Principal: A Grande Contradição
Imaginem a cena: o Chega, com toda a pompa e circunstância, sempre a bater no peito proclamando-se os cavaleiros brancos da moralidade política. Agora, de repente, esses mesmos paladinos estão prontos para apoiar um candidato cuja aliança com Albuquerque é mais suspeita do que um truque de mágica mal ensaiado. Parece que a corrupção é um problema... até que deixa de ser, quando há cadeiras para ocupar e tachos para encher.
Estratégia Política ou Hipocrisia de Manual?
Poderíamos pensar que o Chega está a jogar um xadrez político de altíssimo nível. Afinal, quem precisa de consistência quando se pode ganhar um pouco de poder? Porém, para um partido que adora apontar o dedo e gritar "corrupção" mais alto do que o vendedor de castanhas na esquina, esta manobra tem um leve aroma de hipocrisia. Ou será que é o cheiro dos tachos a aquecer?
Promessas de Arroz Doce
Até domingo, quando os portugueses irão às urnas para as eleições europeias, o Chega vai continuar a sua dança de oposição feroz ao governo, garantindo que ninguém esqueça que são contra tudo e todos... até segunda-feira. Passadas as eleições, não se surpreendam se de repente houver uma mudança de coreografia, com o partido a votar a favor ou a abster-se de maneira conveniente. Afinal, prometer é fácil, cumprir é que dá trabalho.
A Reação do Público: A Gargalhada Geral
Como é que os fiéis seguidores do Chega vão reagir a esta fabulosa reviravolta? Talvez com a mesma incredulidade de quem vê um mágico puxar um coelho do chapéu... e depois descobrir que o coelho é de peluche. A base de apoio do Chega, composta por eleitores cansados da velha guarda e das suas trapaças, pode começar a perceber que foram levados a um passeio na montanha-russa da política para descobrirem que o destino final é o mesmo: o parque de diversões dos oportunistas.
Fantochada ou Arte de Rua?
O que estamos a assistir é um espetáculo de marionetas em que as cordas são puxadas pelo interesse próprio e pela busca de poder. O Chega, que prometia ser a antítese do teatro político, mostra agora que é, afinal, um mestre da mesma arte. A luta contra a corrupção parece mais uma bandeira de conveniência do que um verdadeiro compromisso.
Conclusão: A Grande Piada
O apoio do Chega a José Manuel Rodrigues, juntamente com o PSD de Miguel Albuquerque, é a cereja no topo do bolo deste delicioso paradoxo político. Se o Chega continuar neste caminho, poderá transformar-se no próximo grande número do circo político português, onde a piada principal é a sua própria falta de integridade. Para os espectadores atentos, este show é uma lição: a política pode ser um espetáculo de ilusionismo onde, no final, todos os coelhos saem do mesmo chapéu furado.
Toca a votar contra o CHEGA no domingo, rua com estes!
Nota do CM:
- Observar as dúvidas da publicação: (link)
- Futuro governativo da Madeira vai "acabar como acaba sempre": "Com um acordo entre PSD e o Chega" (link)
- Miguel Castro nega veracidade do documento com assinaturas dos deputados do Chega (link)
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