Entregar Jesus aos "30 moedas"


A fé é como a ideologia, é concebida pura e de boas intenções, depois chegam alguns homens e mulheres que gostam de ajeitar ao seu interesse. À fé, talvez ainda mais do que a ideologia, não faltam exemplos da sua instrumentalização para guerras, ditaduras, extremismos, etc. Não pensemos que por cá ela é mais pura por ser menos exibicionista, temos muitos sonsos a usar a fé para cegar crentes e impor mais umas ideias que divergem da conceção pura e de boas intenções. Durante séculos as Sagradas Escrituras foram replicadas com uma dimensão humana adicional, quem conta um conto acrescenta um ponto, normalmente provoca o desastre, basta-nos lembrar a inquisição.

Por cá, temos um Bispo na senda do Comandante da Polícia que saiu, inerte, nem aqueceu nem arrefeceu. A imobilidade da Igreja permite que alguns tomem conta do seu meio ou absorvam em favor da sua narrativa. Quem cala consente, quem não mete ordem na casa não é um bom "pastor". Será de propósito? Qualquer dia teremos mais "clero" do PSD a se pavonear e branquear nos atos de fé do que o verdadeiro clero. Se com a Polícia observamos que não agem sobre o excesso de velocidade, ruído, violência, droga, criminalidade, etc, na Igreja percebemos que os 48 anos de democracia autoritária na Madeira têm uma semelhança com a igreja da Velha Senhora. O nosso Bispo até se parece com o partido mais próximo, o CDS, sabem a teoria toda, aplicar é que é pérfido e maligno, em apoio do empobrecimento dos madeirenses. Ainda há dúvidas sobre o resultado de 48 anos de poder único apoiado pela Igreja na Madeira?

O que diz o Bispo de significativo sobre a corrupção e a pobreza? Nada. Foge dos temas como jornalistas da notícia e a polícia dos excessos regionais, para não dizer como o diabo da cruz. Na Madeira nem isso, o diabo confraterniza com a cruz e ganha votos.

Uma das formas usadas pelo bispo Brás para não mexer no social, fugindo à corrupção e à pobreza crónica da Madeira, para não incomodar os políticos, é fazer homilias herméticas, numa linguagem impercetível, que nem o povo em geral nem os mais letrados do povo percebem. Um intelectual sem utilidade. Mas o político que vai ler a epístola sim lucra.

Mas também devemos indagar sobre o que ensinam no seminário, para que o clero encruado se apresente como jornalistas interesseiros, ex padres e ex seminaristas... num adensar do desastre maior que é o posicionamento da Igreja na Madeira.

E nesta coisa de limpezas, o sagrado é tabu, confundido as Sagradas Escrituras com aquilo que é o pecado da carne e da fraqueza humana. Se naquele tempo Jesus já teve quem o negasse, como não seria agora sem a sua presença física.

Quando tudo isto cair, será de uma vez, está tudo ligado.

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 5 de junho de 2024
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