"Ponta Solta" de Irineu


O representante da república para a Madeira, Irineu Barreto, nessa qualidade institucional, foi nomeado (por um social-democrata e mantido por outro) em 2011 e, em 2013, o seu gabinete estabeleceu uma relação comercial com a ECAM, SA, empresa então presidida pelo actual Secretário regional do Turismo, Eduardo Jesus, à qual foram pagos mais de 7.000 euros, por Ajuste Directo.

Havendo várias empresas de contabilidade e de assessoria nesta ilha, não se justifica que não haja um concurso público, podendo os ajustes directos serem vistos, perante esta realidade, como favores políticos ou pessoais. Daí que este dito representante da república pudesse ter mais cuidado com os ajustes directos que realiza e mais: deveria dar o exemplo.

Por outro lado, esta ligação antiga ao actual Secretário do Turismo pode levantar dúvidas a respeito da total imparcialidade do representante na Madeira "do avô das gémeas" em Belém (de Lisboa não do Pará), quando tomou a decisão de viabilizar este último governo do arguido Miguel Albuquerque.

É que, como Eduardo já havia assessorado Irineu no passado, poderia muito bem voltar a "assessorá-lo", informalmente, no cenário pós-eleitoral de Maio passado. Na certeza de que, em política (e em especial) quando se trata de dinheiro, podendo haver presunção de inocência, não há, de todo, qualquer benefício da dúvida.

E, à mínima ou potencial suspeição, era simples a atitude de Irineu: pedir escusa ao presidente da república para que este chamasse a si a decisão relativa à governação na Madeira. 

Ou então assumir, perante os madeirenses (que pagam o seu "chorudo" ordenado), com total transparência, que, não obstante as relações económicas passadas com titulares de cargos políticos que pretendia legitimar, financiadas pelos contribuintes, as mesmas não condicionavam o seu juízo político (supostamente) independente.  

Na boa linha de que "à mulher de César não basta ser, é preciso parecer".  

Mas tudo o que, objectivamente, Irineu fez foi o que muitos fazem: esconder. Nestas condições sempre ficará a dúvida se Irineu viabilizou Albuquerque por causa do seu ex-assessor (em regime de "out-sourcing")... Eduardo. 

Nota final: na qualidade de chefe de gabinete de Irineu, Paulo Atouguia (um suposto social democrata que transitara do Instituto de Habitação da Madeira nos tempos de Jardim) decerto terá uma palavra a dizer nesta matéria... Não pode passar pelos "pingos da chuva". 

Lembrando a campanha do DN/Madeira: "Um abraço... ao Palácio"...

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 21 de junho de 2024
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