1º - Miguel Albuquerque tornou-se para a Madeira naquilo que os investidores em produtos financeiros designam por ativo tóxico (ativo financeiro de baixa qualidade e alto risco, cujo valor contabilístico é muito superior ao preço de mercado). Veja-se o que se passou no último congresso com a ausência de representação do PSD nacional, a fuga de Alberto João para os Açores, o conjunto de múmias predadoras que o acompanharam, o desdém e escárnio com que os jornais/jornalistas continentais vão tratando esta situação.
Albuquerque foi constituído arguido por estar indiciado da prática de corrupção ativa e passiva, prevaricação, participação ativa em negócio, recebimento indevido de vantagem, tráfico de influência, abuso de poder e atentado contra o Estado de direito, e, circula livremente por aí sem sequer ter sido chamado a depor!
Dá para perceber o enorme receio de ser preso e, assim, ver a sua carreira política acabada. Só assim se compreende esta espécie de “fuga em frente”, protegido pela dupla imunidade e pelo representante da República que, na minha opinião, não só mentiu aos madeirenses quando disse que tinha garantidas condições de governabilidade, como protegeu despudoradamente Albuquerque com a pressa com que o indigitou, não fosse aparecer uma alternativa política e/ou Miguel receber visita do ministério público e, assim, seguir os mesmos passos do Calado e companhia.
Mas, o mais grave em Albuquerque, é o despudor com que coloca o seu interesse – fugir à justiça, acima do interesse dos madeirenses. Em fevereiro, recusou aprovar o orçamento, numa tentativa de chantagear o Presidente da República a fim de este o manter no poder e assim escapar à justiça, aliás, muito bem explicado pelo deputado do JPP: link
2º - Coloco Nuno Morna em 2º lugar pela deceção. Ao “negociar” uma abstenção, Nuno saiu daquelas reuniões com uma mão cheia de nada. A única coisa que lhe poderia valer algum crédito – redução do IRS em 30% para todos os escalões, já tinha sido anunciada à exaustão pelo CDS e só não estava no programa de governo para “enganar” quem quisesse ser enganado…
Caro Nuno, o problema não está em negociar isto ou aquilo; o Problema está na necessidade de pôr fim a um regime corrupto. Caramba, é preciso fazer um desenho? É que assim fico a pensar que, também tu, te vendeste na esperança de que um dia terás a compensação…
3º - Mónica Freitas tem a virtude de só enganar quem quer ser enganado. Aquela cabecinha pensadora agora diz que legitima Albuquerque porque o povo o elegeu! Jovem, o Albuquerque nem teve o voto de 20% da massa eleitoral.
Depois de sentir que o seu tempo de permanência na AL pode ser curto, fico com a impressão que se vende a troco de umas migalhas.
4º - Paulo Cafôfo quando esteve na Câmara do Funchal mostrou ao que vinha. O modo como despachou Gil Canha, a sua relação com representantes do grupo Sousa e AFA, o insistir em manter-se agarrado a Miguel Iglésias – produto radioativo, com aquela estória da Figueira da Foz, dispensa mais comentários.
5º - O Chega, porque propõe uma solução redutora do problema. Parafraseando o próprio Chega, Albuquerque é uma peça de um regime corrupto. Pensar que ao afastar o “chefe” da banda acaba com a banda ou é ingénuo ou está de má-fé. Fica aqui o meu palpite para a conduta do Chega na votação: a senhora vota a favor, o senhor do abraço vai ao WC e os outros 2 votam contra. Um verdadeiro 3 em 1!
E o JPP? Bem, pelo menos até aqui têm sido coerentes e têm a folha limpa no que toca à corrupção. Veremos o que farão.
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 30 de junho de 2024
Todos os elementos enviados pelo autor
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.