8. Como comenta a actual situação política?
Acho que a oposição está a cometer um grande erro. Eu é que sou o adulto na sala. O que eu faria era dar corda para o PSD se enforcar, aprovava o programa de governo e na negociação dos orçamentos obrigava Albuquerque a cortar no servilismo ao poder económico e burocratas de capela. Obrigava Albuquerque a fazer reformas impopulares e só depois dele finalmente ser odiado pelas máfias, porque fez reformas, lhe tirava o tapete e obrigava-o a enfrentar o processo judicial.
9. Porque acha que a oposição faz isto?
Basicamente, porque não tem competência para mais. É óbvio que o tiro vai sair pela culatra, convocadas novas eleições a coligação PSD-CDS vai recuperar a maioria absoluta e a oposição vai perder esta oportunidade histórica de reformar a autonomia de cima a baixo.
10. Mas isso iria parecer que era cúmplices do PSD.
Não concordo. Se fosse da oposição diria abertamente ao povo que a intenção era forçar o PSD a limpar as asneiras de décadas de hegemonia. Não escondia a minha estratégia que era exactamente rebentar com o PSD para sempre.
11. E as forças vivas?
Estamos a arregimentar. Confesso que as minhas inspecções nas forças vivas regionais deixa-me com vontade de implementar uma ditadura. Que bando de inúteis, cobardes e pilantras.
12. Considera-se a única salvação do povo madeirense?
Considero que o povo deveria fazer uma revolução. Manifestar-se nas ruas, protestar abertamente. Sair do buraco de impotência que está metido e lutar pela liberdade e democracia.
13. Parece que o povo não faz isso.
Tenho de admitir que o povo por vezes tem o que merece. Uma casta de inúteis incompetentes a governar!
14. Só uma última nota: qual será o seu próximo passo?
Na clandestinidade vou continuar a escrever no CM. É a única coisa que posso fazer.
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