Os MAC (Manuel António Correia)


H á um cada vez maior número de militantes do PSD que defende que devem ser tomadas medidas, a nível interno, contra os militantes que apelaram ao voto no JPP nas últimas eleições legislativas regionais, permitindo ao partido que foi criado, então como movimento, pelos irmãos Filipe e Élvio Sousa, alcançar o seu melhor resultado de sempre. 

É este conjunto de militantes, cansado de ouvir o que alguns detratores vêm afirmando e defendendo, que se prepara para escrever ao líder, para pedir a Miguel Albuquerque que tome medidas disciplinares severas contra os detratores.

Apesar dos protestos de inocência de Manuel António Correia e de alguns dos seus seguidores, dentro do PSD são muitos os que confirmam ter recebido mensagem de seguidores de Manuel António a apelar ao voto no JPP. 

A estratégia era clara e passava por fazer reduzir o número de votos do PSD, impedindo não só a maioria absoluta ao PSD mas também obstando a um governo liderado por Miguel Albuquerque. O objetivo final passava pela demissão do atual líder social-democrata e pela convocatória de eleições antecipadas, primeiro a nível regional depois ao nível do PSD.

O problema é que Miguel Albuquerque teve 19 deputados, e não os 17 ou menos desejados e perspetivados pelos adversários. E, depois, teve a habilidade de saber negociar com a o CDS, para depois, numa segunda ocasião, fazer aprovar o Programa de Governo, abrindo assim a porta à aprovação, também, do Orçamento.

Ou seja, continuará a haver Miguel Albuquerque. E isso é algo que irritou – entende este cada vez maior número de militantes - Manuel António e seu grupo mais próximo de seguidores, bem como Alberto João Jardim.

Apos as eleições, e durante todo este período de negociações, foram visíveis os encontros, aos almoços, os contactos entre os correligionários do antigo secretario regional do Ambiente. A ideia era, se o Programa não passasse, avançar com um pedido de Congresso antecipado. E chegou-se, aliás, a preparar a recolha de assinaturas.

Uma recolha que sofreu vários entraves: a começar pelo facto de muitos dos militantes que apoiaram em março Manuel António Correia não o quererem continuar a fazer, por entenderem que houve um plebiscito interno e que os militantes deixaram claro quem queriam para líder. E que os madeirenses também votaram em quem queria para presidente.

É o caso, por exemplo, dos militantes de Câmara de Lobos. Leonel Silva, Celso Bettencourt e, ao que nos disseram, Manuel Salustino, estão agora com Miguel Albuquerque. Assim como muitos dos militantes do Funchal e da JSD. Que já deixaram claro de que não aprovariam qualquer congresso extraordinário nem nova luta pela liderança.

Pese esta manifestação clara da maioria que entende que as eleições acabaram em março e que elogiam, paralelamente, a forma corajosa como Miguel Albuquerque soube enfrentar a crise e conseguir aprovar um Programa e (muito provavelmente) um Orçamento, há ainda algumas dezenas que persistem em continuar, nas redes sociais, nomeadamente no âmbito de um certo grupo de Whatsapp, a denegrir o presidente e os atuais dirigentes sociais-democratas e governantes. 

Uns de forma mais reservada, outros de forma mais aberta, ultrapassando o que se admite como crítica democrática e entrando em campos de ofensa pessoal e do apelo descarado ao voto na Oposição.

Uma autêntica tentativa de destruição do PSD, comenta-se dentro do partido. A que urge pôr cobro, sustenta-se ainda. E se os avisos feitos, como, por exemplo, por Miguel Albuquerque e outros destacados militantes, no último conselho regional dos sociais-democratas, não estão a dar resultado e as pessoas persistem na calúnia e crítica gratuitas, no apelo ao voto no adversário, então a solução é – perfilham os que se preparam para escrever ao líder – instaurar um processo interno contra quem não percebeu que perdeu e que a linha e estratégia a seguir é a do líder..

Estes militantes entendem que é tempo de se deixar de “paninhos quentes” e de se agir contra quem não respeita a vontade maioritária. E perante os que franzem o nariz a saneamentos, castigos e despedimentos políticos, lembram o que se fez na liderança anterior, com várias purgas e exonerações, com saídas sem qualquer explicação. E ainda outros que estiverem ameaçados de expulsão, só por fazerem parte de uma lista ou discordarem, nos meios certos, do projeto.

Não andavam nas redes sociais, não andaram a apelar ao voto noutro partido.

A contestação a estes militantes vem subindo de tom e, para além da carta a Miguel Albuquerque, há quem defenda que seja proposta sanção disciplinar a esses militantes, inclusive contemplando a exoneração do partido.

E estão, mesmo, a equacionar avançar com pedido explícito nesse sentido, junto do Conselho Disciplinar do PSD da Madeira.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 15 de julho de 2024
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