Q uando escrevem neste espaço textos sobre o excesso de turismo (que já cansa), há sempre um ou dois que nos comentários dizem que se não fosse o turismo, os madeirenses comiam m... e que ajuda muitas famílias madeirenses.
Para esses, escrevo o seguinte:
Ponto um - Uma economia baseada num único sector é um erro crasso, seja ele qual for, todavia é pior se for um sector volátil como o turismo.
Ponto dois - Como afirmam que dá riqueza a milhares de madeirenses, então como justificam que esta seja a região mais pobre do país?
Podemos fazer a seguinte leitura: há muita gente por ai a enriquecer com o turismo, mas não declara ao estado, lesando-o. Se calhar essas pessoas que estão a se dar bem com o turismo, ainda se declaram pobrezinhas e auferem de subsídios, lesando assim o estado duas vezes.
Ponto três - Vemos tanta gente a se queixar que na hotelaria e restauração são só estrangeiros a trabalhar (nada contra, já que os daqui não se obrigam), como podem dizer que muitos madeirenses trabalham neste sector?
Ponto quatro - Ninguém está contra o turismo, mas o que queremos e tínhamos era turismo com conta e medida, com qualidade. Agora não. Percebem a diferença?
Ponto cinco - Quando o cenário mudar e os turistas começarem a procurar outras paragens, quem defende tanto o turismo vai comer m..., vai, vai. Porque nunca se obrigaram a diversificar as suas fontes de rendimento.
Conclusão: Sempre ouvi dizer: tudo o que é demais enjoa. Mas passando para o sentido literal da expressão: parece que no Funchal e serras da Madeira já anda um "aroma" diferente no ar. Porque será?
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 20 de julho de 2024
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