O SPM quer que o subsídio de insularidade seja diferente para os professores, de modo a que estes se fixem na região. Eu sei que quem está nos sindicatos têm de mostrar trabalho, mas dizer coisas só porque sim, não vale a pena.
Os professores continentais sentem-se como emigrantes na Madeira. Têm sempre a pretensão de voltarem para a sua terra. Muitos vieram porque sabiam que aqui a subida era mais rápida e as condições diferentes. A não ser que tenham casado cá, não será o subsídio de insularidade que os vai manter na ilha.
Acontece que estão a regressar ao continente por razões familiares e pessoais, mas também porque a vida aqui está a ser incomportável. Conheço dois docentes que foram convidados a saírem das casas que alugaram porque as mesmas serão transformadas em alojamento local. Viram-se obrigados agora a dividir casa com outros, porque simplesmente não há casas para alugar e quando há os preços são exorbitantes.
Há também a questão da demografia e do próprio sistema. Há menos alunos nas escolas, a burocracia é enorme, fazem-se provas que não servem para nada, apenas para dar mais trabalho aos professores. De que serve uma prova de aferição que não conta para a nota do aluno?
Se vão continuar na profissão, ao menos fazem-no no continente, onde a deslocação é mais fácil, quando querem visitar os seus.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 15 de julho de 2024
Todos os elementos enviados pelo autor
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.