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Que raio de gente forma o seminário?
A semana finda foi marcada pelo estrebuchar do diretor do DN/Madeira. O Padre Oliveira dedicou a última página do seu pasquim de 25-07-2024, ao JPP, sob o título “Em defesa da liberdade de imprensa. ‘Bullying político’ do JPP leva o DIÁRIO a apresentar participação a várias entidades”. Tudo porque o JPP tem vindo a insurgir-se publicamente contra o Diário, por não dar cobertura digna às suas iniciativas, estar ao serviço dos seus patrões (Sousa & Farinha), receber, todos os anos, milhares do dinheiro público, através do MEDIARAM e outros esquemas (suplementos, cadernos, organização de eventos) e não tratar das notícias segundo as regras do bom jornalismo.
Nunca se tinha visto um diretor de um jornal vir a queixar-se de ‘bullying’ de um partido político. O Padre Oliveira parece um irmão que faz numerosas patifarias aos demais irmãos e depois queixa-se à mãe que eles lhe bateram.
Não quero aqui aprofundar as queixinhas, sem qualquer fundamento, do Padre Oliveira, que pretendem assustar os tímidos e que nada valem perante a Lei. Melhor seria que acatasse as muitas recomendações / condenações da ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
Como assinante do DN/Madeira, tenho muito a queixar-me do rumo do Diário. O Padre-diretor toma os assinantes e leitores por estúpidos, como se estes se não dessem conta das muitas distorções da realidade regional e das descaradas omissões de temas importantes nas páginas do Diário. Vou dar um só um exemplo: por que razão o DN-Madeira nunca mais abordou a situação das ribeiras e extração ilegal de inertes, como antes o fazia em duas ou mais páginas? Por que afastou alguns colaboradores da secção ‘Opinião’?
Pior do que o ‘bullying” sentido pelo ‘coração puro e inocente’ (casto, não) do Padre Oliveira (sei que gosta de ser tratado por Dr., mas como foi padre, e padre é para toda a vida, prefiro honrar a sua dignidade), é a manipulação da informação, desonrosa para o verdadeiro jornalismo, que todos os dias pratica contra os leitores do Diário, copiando integralmente o que recebe dos assessores de imprensa do Governo Regional, recusando o contraditório e impedindo a investigação. O Padre faz dos jornalistas do Diário seus acólitos, que o reverenciam à porta do seu gabinete, temendo o posto de trabalho.
Que moral tem para se queixar de «bullying’? Da próxima, envio-lhe um espelho.
A semana também foi bem reveladora do rumo contorcionista da Diocese do Funchal, presidida pelo bispo Nuno Brás.
Este bispo está cada mais comprometido com o PSD/Madeira. Um bispo deveria manter distância em relação às autoridades regionais e estar próximo do seu povo. Bispo que vai a tudo o que o Governo Regional ou as Câmaras organizam ou inauguram fica viciado na laranja podre.
Decidiu o bispo retirar a paróquia de São Roque ao Padre José Luís Rodrigues, afirmando que foi a pedido deste. Mas omitindo o velho e insistente pedido do PSD/Madeira que há muito queria o Padre José Luís fora da atividade paroquial. Este bispo fez o que os anteriores, Teodoro e Carrilho, não acederam, mesmo vindo esse pedido por intermediários de Jardim.
O Padre José Luís Rodrigues é, para esta Igreja
, uma voz incómoda, porque fala do Evangelho e assume-se como próximo dos que vivem à margem da sociedade ou são relegados por esta. Não se deixando levar pelas cantigas dos poderosos nem fazendo do altar lugar de propaganda do PSD/Madeira. É um padre que valoriza a ação e a espiritualidade, que não gosta do lado infantil da religião. Bem-haja, Padre José Luís Rodrigues. A Paróquia de São José estará sempre com o seu pároco.
O bispo também elevou a vigário-geral o pároco da Sé, um conservador arrogante, que faz da catedral o palco da sua vaidade e da sua infantilidade. Julga o bispo Brás que abriu caminho ao seu “querido” para vir a ser bispo. Que seja, mas do Minho ao Algarve.
D. Nuno Brás: ouve-se, por aí, que, há muito, Vossa Reverência quer sair da Madeira e que procura outra diocese para se instalar. Faça-o depressa. Peça ao seu PSD que meta uma cunha em Roma, para se deslocar para bem longe. Não deixará saudades!
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A Igreja junta o executivo e o judicial, o sonho de políticos à perna com a justiça. Só falta a lei própria. |
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 28 de julho de 2024
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