ACIF desmente Eduardo Jesus

 

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O Governo tem toda a comunicação social na mão, toda uma série de jornalistas das redações e assessores no Governo Regional, mas a mentira tem perna curta. Eu hoje, 23 de agosto de 2024 li duas notícias.

Com os incêndios percebemos que ninguém tinha mão, leia-se meios, para controlar tantos turistas na serra, e temi por algum grupo me ficar num trilho com um foco de incêndio pela frente e por trás, num desses de escarpas. A cada dia que passa somamos factos de que aderiram à massificação do turismo para encher hotéis aos amigos e nada estava estudado.

Eduardo Jesus: "assegura que o fogo não está a afetar a atividade turística (...), com exceção da animação, na utilização de veredas e levadas que estão condicionadas. (...) Eduardo Jesus afirmou que (...) esmagadora maioria do alojamento que existe na Madeira, estando apenas a ser afetado um subsetor que tem a ver com a animação turística. (...) "não existe nenhuma tendência e cancelamentos por força dos incêndios. (...) As pessoas antes de virem, especialmente os que reservam diretamente, estão a fazer muito mais perguntas. […] Há também pessoas que remarcaram para outras datas” (...) O secretário Regional da Economia, Turismo e Cultura salientou também que tem estado a ser feito um combate muito grande a notícias que estão a sair que relacionam ventos fortes no aeroporto com o incêndio e que não são verdadeiras. Tivemos a dirigir essa comunicação a ‘influencers’, usamos a rede diplomática através de consulados e embaixadas para esclarecer os países de origem. O esforço tem sido mais a desmontar notícias que não são verdadeiras do que a gerir o impacto local do incêndio”". (link)

Em seguida transcrevo parte de Veiga França e a pergunta que fica é se há "um impacto tremendo” e a “penalizar” as atividades de animação turística que já registam entre 80 a 90% de cancelamentos dos serviços" o que vêm à Madeira fazer quando o atrativo não é ver betão mas ver natureza? Portanto, Eduardo Jesus faz uma leitura sem relacionar de propósito, porque depois a excepcional gestão do incêndio estaria a "matar" a principal atividade da Madeira, cada vez mais massificada e ao contrário do que se pedia com a Covid: diversificação do modelo económico. Influencers? Os parasitas que vêm aí de borla para propaganda? Quem paga? É meio decente? E contactou os prémios comprados?

Veiga França: Os fogos que lavram há mais de uma semana na Madeira estão gerar “um impacto tremendo” e a “penalizar” as atividades de animação turística que já registam entre 80 a 90% de cancelamentos dos serviços, apesar de o alojamento turístico manter a normalidade. (...) O setor que está a ser severamente penalizado, neste momento, é o da animação turística, pois grande parte das nossas atrações turísticas terrestres realiza-se nas zonas montanhosas que foram fortemente fustigadas pelos incêndios”. Temos um impacto grande no setor da animação turística, com cancelamentos avultados nas atividades de animação turística programadas para as nossas serras desde 18 de agosto, sem possibilidade de reagendamento”. (...) “Pela informação recolhida junto dos nossos associados, nesta semana apenas foi possível realizar entre 10% a 20% dos serviços, havendo percursos totalmente devastados [pelos fogos]”, detalhou. Como é o caso, elenca, “do percurso da Trompica, muito utilizado pelos turistas dos navios de cruzeiro para passeios de todo o terreno“ (...) cancelamentos dos passeios pedestres por causa dos incêndios, designadamente “o percurso PR1 Pico do Areeiro que irá estar encerrado por muitos meses, sendo o mais vendido e insubstituível“. Aliás, lamenta, “com a cordilheira central queimada não é possível fazer travessias na ilha, o que tem um impacto tremendo na atividade turística“. (link)

Pela primeira vez vemos como a falta de atenção para com a natureza e a falta de prevenção com a gestão florestal, que nos defende melhor nos incêndios, mata a ganância dos hotéis, AL's, rent-a-cars em dois tempos. Vemos como é incomportável dominar tanto turista espalhado na serra como foi evidente neste incêndio. Vemos que as alterações climáticas vão começar a secar os limites da Laurissilva e vai entrar em próximos incêndios. Precisamos de técnicos e não tachistas, ouvir todos aqueles que andaram a reclamar que o GR não os ouve no continente. É preciso atuar rápido, o calor, as alterações climáticas não vão parar, chegaram para "exterminar o turismo"... que não vem ver betão!

Peço que embebam no meu texto o vídeo que envio, ele junta 3 áreas importantes sobre os incêndios, apesar de se focar na Ponta do Sol. Corrobora na situação do turismo, na falta de meios e na falta de Governo que agora mente descaradamente para salvar a pele.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 23 de Agosto de 2024
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