O sr. Presidente tem sempre uma azar. Malta que cria situações desagradáveis para lhe lixar as férias. Miguel Albuquerque, ao seu jeito desajeitado de desprezo, minimizar as consequências do fogo. Ah e tal, não morreu ninguém, ninguém ficou sem casa. está tudo certo. Até parece ser mais um dia normal na vida das pessoas.
Sr. presidente, a ansiedade e problemas psiquiátricos que o dono da casa dos loucos veio dizer que podiam aumentar por falta de ORAM aprovado, ao pé do que sofremos na Serra de Águra (e imagino no Curral e Jardim da Serra) é uma brincadeira de crianças.
O sr ficou com aquela sua cara de peido, incomodado por ter de interromper as suas férias e as suas festas. Imagine quem teve de sair de casa, abandonando o seu lar (que apesar de não ser no Dubai, para nós é o nosso TUDO) e todas as suas memórias e trabalho de uma vida. Já agora ao sr. Lobato e ao secretário da Saúde, fomos informados pela PSP para sairmos de casa. E saímos, cheios de medo, desorientados, a telefonar a familiares para termos uma espécie de casa, durante aquela noite. NÃO HAVIA 1 BOMBEIRO nessa zona, apesar dos vossas excelências afirmarem que os meios que estavam no terreno eram suficientes. Mais uma vez, como em 2016, foram displicentes na gestão de meios. Isto é uma crítica ao posto de comando e não aos operacionais.
Mais uma coisa: é óbvio que foi fogo posto, a serra não arde sozinha, mas não é isso que está em questão. O que aqui está em causa foi a forma como geriram os meios e o combate.
Para além da revolta pelas razões óbvias, este desprezo e esta menorização de um problema gravíssimo, que afectou mais de 300 pessoas, só vem piorar.
Hoje ouvi a secretária do Ambiente dizer que o combate a um foco de incêndio junto à eólicas se fez de forma apeada, porque "as mangueiras dos carros são compridas e permitem esse ataque". Às eólicas (de um conhecido empresário) as mangueiras chegam, ao ponto onde deflagrou o incêndio não...
Ontem o presidente do SRPC veio dizer que os bombeiros que vieram de fora estavam a utilizar táticas que normalmente não se utilizam cá. Porquê que a tática de cá é sempre a "vigilància activa"? Desviar com os olhos não tem dado resultado. Ninguém aprende com os erros e todos os anos é a mesmo mosca, só muda a zona.
Há uns tempos houve polémica com a nomeação do sr Lobato, porque não tinha as competências adequadas ao cargo. Na terra do quero, posso, mando e desvalorizou depois, dá nisto. O sr pode ser o melhor polícia do mundo, mas de incêndios, ZERO.
Agora, andam os amigos do secretário a partilhar um texto do Linkedin a pedir para sermos justos, com uma série de balelas de um tipo que diz que percebe de incêndios rurais.
A esses, aos escroques que dizem para vestirmos uma farda e irmos combater os incêndios e aos filhos de uma grande prostituta que dizem que não é de fazer política com desgraças, só tenho a dizer: passem pelo que eu passei, com duas crianças de 6 e 8 anos, em pânico porque não sabiam se iam voltar ao seu lar, aos seus brinquedos, à sua caminha.
(estou a chorar enquanto escrevo isto), ou voltar a ver o pai que teimava em ficar para trás e defender tudo!
Metam a vossa arrogância e sobranceria no cu. Não é hora de lambebotismo, muito menos de propaganda.
Neste momento, só vos desejo que passem pelo mesmo. Deixam logo de ser heróis do teclado, treinadores de bancada e abutres.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda, 19 de Agosto de 2024
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