Uma promessa não cumprida

H á uns anos atrás, o senhor Luís Miguel Sousa, depois de ter comprado o Diário de Notícias ao senhor Blandy, publicou numa última página o seu compromisso com a qualidade do jornalismo na tradição da família Blandy. Hoje em dia, o DN serve os Donos Disto Tudo, o poder que o sustenta, bane quem é incómodo das escritas, foge a sete pés da notícia (aquela que pode tirar algum jornalista do estado de graça), "inventa" para preencher páginas, não faz jornalismo de investigação e pelo menos da Rusga da Corrupção na Madeira deveria fazer. Proliferam agentes de propaganda política, jornalistas e comentadores.

Há dias, disseram que tinham Conselho de Redação, mas o que ainda não vi foi esse órgão a lutar por uma independência editorial em relação aos interesses dos proprietários. Os Donos Disto Tudo têm o poder executivo, controlam o 4º poder, a Assembleia até faz negócios com rendas fantásticas no ex Lojão, dá emprego a queridas e não se vê a Estação de TV da ALRAM, depois da despesa que li que tinham feito. Também controlam partidos, por muito que neguem. E ainda não falamos do "monopólio" dos portos!

O DN-M tornou-se uma revista, com muitos fait-divers e parece que todo o ano é Silly Season através de algumas capas que vamos vendo. É uma rotatividade promocional do GR. Nada de interessante acontece, tornou-se num antigo JM onde o PSD embevecido com o brinquedo novo, coloca todo tipo de gente não credível a fazer campanha eleitoral, a inverter os valores e o mérito.

Mais recentemente voltou a reafirmar:

• Luís Miguel Sousa garante "total independência" do DIÁRIO. (link)

Tenho aqui 4 vídeos:

• A idoneidade é que vinga ou não a Comunicação Social. (link)
  
• A verdade sobre a liberdade da imprensa. (link)
• Outros meios de informação para formarmos a nossa opinião. (link)

Não querendo fazer fact-check, ao fim de algum tempo de dura realidade, penso que se pode dizer que é uma promessa não cumprida. Em contrapartida ganhamos uma empresa de festas, para notícias acerca da realidade da Madeira lemos jornais do continente.

Apesar destas observações e de todo este controlo, penso que todos nós percebemos que em vez de evitar notícias, a exposição ficou maior do que era, a jogada não saiu grande coisa e o jornalismo morre...

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 12 de Agosto de 2024
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