O discurso da vitimização é a nova estratégia do PSD, a nível regional e local. O que está mal na Justiça é claramente as denúncias. Não são os esquemas ou as falcatruas dos políticos. Não são os bandidos dos políticos que prevaricam. Isso está tudo bem. São os anónimos que denunciam à Justiça as suas suspeitas.
Impedir o funcionamento da Justiça, perseguindo magistrados e denunciantes, procurar a vitimização, gerar ódios sociais e ferir a credibilidade do sistema judicial é a estratégia do PSD Madeira. É preciso sobreviver custe o que custar. A nova proposta de lei eleitoral é ume exemplo disso mesmo. A agonia de quem sabe que perde votos de eleição para eleição.
Da Ponta do Sol veio uma das primeiras reações, e a cartilha do discurso oficial de um regime caquético, vinda de um insuspeito nestas lides, o antigo Presidente de Câmara, Rui Marques, já em modo de candidato autárquico para 2025.
Numa publicação de Facebook, Rui Marques elogio os políticos idóneos do PSD, como pretexto, para logo de seguida falar no que lhe interessa: ele mesmo. Uma publicação em jeito de solidariedade para ganhar espaço para a sua própria vitimização. Um texto tão cheio de ego como o último também no Facebook em que o mesmo escreve que fez um pedido de entrega de comido aos bombeiros que combatiam o fogo na Ponta do Sol.
O candidato do PSD à Câmara da Ponta do Sol parece bastante nervoso ou não fosse essa constante necessidade de afirmação. Para quem está tão seguro de si, de que é invencível em eleições na Ponta do Sol, não faz sentido procurar contextos para escrever sobre si próprio. Elogiando-se a si mesmo, procurando elogios, vitimizando-se e procurando sentir o apoio das pessoas. Procurar constantemente a aceitação é um indício muito forte de insegurança.
A caminho estão eleições autárquicas e ainda poderão vir eleições regionais. Depois de uma estratégia local de política de terra queimada boicotando o PS na Assembleia Municipal, a estratégia do PSD Ponta do Sol é igual à do PSD Regional. Diabolizar o funcionamento da Justiça, acusar opositores e magistrados de perseguição e vitimizar-se porque o povo tem pequena de coitadinhos. Note-se ainda o cunho pessoal que a campanha já leva, nivelando por baixo o nível do PSD.
O sucedido não pode passar de ânimo leve. O Ministério Público coloca Miguel Albuquerque e José Prada no centro de um plano criminoso para financiar ilegalmente a campanha eleitoral do partido nas Eleições Regionais de setembro de 2023.
O Ministério Público suspeita da existência de uma contabilidade paralela entre as empresas de Humberto Drumond e Miguel Nóbrega e o PSD Madeira. Segundo a investigação, vários organismos públicos acabaram por pagar a prestação de serviços ao partido através de concursos públicos.
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 21 de Setembro de 2024
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