A Turismofobia chegou à Madeira pelas mãos de Eduardo Jesus


Foto Décio Gaspar no DN-Madeira

N ão sei se é correto dizer que desde sempre a Madeira teve turismo, até porque os historiadores não se põem de acordo. No entanto, podemos situar-nos em tempos latos para não haver debates de preciosismos. O início do turismo madeirense dá-se com a era “colonial” (séc. XV-XVIII), seguida de uma outra designada por “terapêutica” (séc. XIX e início do séc. XX). A Madeira esteve exposta  a conjunturas externas distintas, digamos que a sua apetência deriva de como a veem do exterior por razões diversas, desde guerras a doenças, simples passagem para outros lugares com pausas dos viajantes para contemplar as belezas. Também por isso, o destino teve observações que hoje em dia diria que são "slogans" a pagar, naquele tempo era uma consciência. Tivemos "A Ilha dos Amores", "O Recanto do Paraíso", "A Pérola do Atlântico", para hoje termos o Genial "Madeiqa".

Ninguém inventa turismo, prossegue a tradição, e o que está para trás deve servir de experiência.

A mentira pode durar algum tempo mas não sempre. Nos nossos dias, as low cost com certeza trazem gente de menores posses, que estão no seu direito de viajar, é o turismo democratizado. É claro que a maioria é civilizada mas também traz à parte disso gente que não interessa aos destinos porque só criam problemas e fazem-se notar pelo todo. Antigamente, o preço e o isolamento faziam de crivo à qualidade dos que aqui chegaram, por isso a Madeira tem referências das quais se orgulha e distinguem o destino. Muito mais do que prémios.

No entanto, na Madeira isto está descontrolado, rebentou-se com a tradição, houve uns "únicos sábios" que para atender à quantidade de Alojamentos Locais e Hotéis abertos, por pressão dos interessados, que abriram a Madeira às low cost. Vamos vendo formas criativas de alojamento que não passam pelos amigos. É roubos nos hotéis por turistas, é já roubos de carros por turistas (para andar e dormir), é acampamentos em lugares proibidos ou insólitos por turistas, é engarrafamentos das vias e dos lugares, é o aumento do custo de vida, é a polícia que não multa renta-a-cars, é as rent-a-cars, gente a dormir nos carros, é bikinis dentro do Governo... um sem fim de consequências.

Não só destruíram a tradição como inquinaram o futuro, porque precisamos de voltar poucos anos atrás e fazer de novo, contudo os negócios montados sobre os precedentes não vão aceitar. As pessoas que açoitam Eduardo Jesus e a sua equipa estão certos, a propaganda e prémios à volta dele são uma fantochada. Vai haver muito trabalho para fazer depois da limpeza total da Secretaria do Turismo. Estragaram quase tudo, no entanto, não houve na história dos líderes do turismo na Madeira alguém com tanta propaganda como Eduardo Jesus.

Estamos o "Madeira Pé Descalço", terra dos patas-rapadas.

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 26 de Setembro de 2024
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