T oda a obra do hospital novo é controlada pelo sistema, até a fiscalização. Quando estava para ser anunciado o empreiteiro da obra, toda a gente andou a gozar nas redes sociais. O impressionante disto é que toda a gente sabe como isto se processa e por isso gozam. O problema é que o Zé Povo sabe, mas quem deve fiscalizar não? É mais difícil verbalizar do que arranjar papelinhos?
Quem tem o Governo e a Fiscalização na mão pode "brincar", se for preciso chama-se o JPM para fazer de advogado perdedor num litígio inventado.
Primeiro, ganha-se pelo preço mais baixo, mas depois, com o início da obra, identificam-se problemas, por vezes, os problemas são deliberados e inseridos no projeto. Tudo premeditado. A empresa vencedora começa a identificar "problemas" ou "falhas" no projeto inicial, depois para corrigir implica mais dinheiro, assim os valores são artificialmente inflacionados pela própria empresa. Ao resolver problemas, normalmente acresce tempo, as alterações resultam em atrasos e justificam pedidos de mais recursos financeiros para cobrir os custos extras. Tempo é dinheiro, mas também mais trabalho para pagar.
Este esquema de inflacionar o valor da obra não cobre apenas o custo inicialmente subestimado pela empresa vencedora, como gera lucros adicionais que não estavam previstos no contrato inicial. Para quem serão?
Quando estamos num processo judicial com vários sintomas de corrupção, parece que estamos a ver outro, em prejuízo do erário público (sempre!). Este é o sucedâneo dos concursos de emprego aldrabados, é uma forma de desqualificar concorrentes honestos. Aqueles que apresentam propostas honestas e com preços realistas, mas perdem para a concorrência por causa de propostas artificialmente baixas, normalmente combinados com o "cliente", prejudicando o mercado e favorecendo a prática da corrupção. No fim, o mais barato sai muito mais caro do que os outros concorrentes.
Foi importante ter a fiscalização controlada, porque não conheço uma ferramenta de transparência, um portal de acompanhamento de obras públicas, onde a população possa acompanhar o andamento e os custos da obra. E ninguém fala!
Pedro Ramos, os telefones já funcionam? Os medicamento do cancro já chegaram? A Saúde é um enorme negócio onde os utentes saem mal servidos e os contribuintes "arrotam".
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 2 de Outubro de 2024
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