T alvez alguns nacionalistas, no fervor da sua clubite não vão gostar daquilo que vou escrever, mas à medida que somam idas ao Estádio da Madeira, nome que já de si mostra uma usurpação do espaço de outros madeirenses, que também contam, e podem não ser do Nacional, com certeza vão cansar e equacionar se o investimento não foi mais um exemplo de teimosia. Talvez por isso vingou mais o Estádio da Choupana, pela sua localização. Algo que acompanha o "natural".
Começa a ser desporto nacional gozar da Pérola do Atlântico porque damos azo a isso, com esta mania de Superiores em Bicos de Pés que com certeza se desenvolve a partir de um sentimento de inferioridade que se quer emancipar. O problema é que crescemos por atalhos, esquemas, fingimentos e personalidades que cobrem o todo pela sua notoriedade.
O Campo do Nacional é o Lugar de Baixo dos Estádios, os jogos encalham por um elemento da natureza que até é mais gentil do que o mar, o nevoeiro. Felizmente não o destrói, mas veremos o que o passado histórico e as alterações climáticas vão fazer. É com certeza a vergonha do teimoso com poder que decidiu enfiar um Estádio num lugar com 50% de probabilidades de ter nevoeiro, mas que acredita que só vai dar 50% de boa visibilidade.
Vi um debate na TV porque atingiu justamente o Benfica, assunto com interesse para dissecar, sobre cada adiamento o que provoca na equipa. É dilacerante ver quem não precisa de ser "querido" pelas figurinhas regionais o que pode dizer, por muitos minutos e estar sempre a dizer verdade.
Mas o Estádio do Nacional também parece o nosso aeroporto, está sempre em inoperacionalidade, o que faz de uma equipa como o Benfica ter três desafios no mesmo jogo, se aterra na Madeira, se joga na Choupana, se ganha o jogo.
Se o nosso jornalismo se dedicava ao Fact-Check sério, em vez de tentar encontrar boas leituras para as intocáveis figurinhas regionais, com certeza estaria a ver toda uma sorte de obras que, inventadas ou não, não recebem estudo ou não ligam a estudos, para se tornarem em investimentos à margem de qualquer crítica e que funcionem nos propósitos para que foram construídos. É aqui que entra outro, o Cais 8.
Não critiquem o árbitro, tentou salvar a situação mas os 50% não ajudaram.
Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 6 de Outubro de 2024
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