Pedrada na pedra, ou a "resposta dum burro" ao "sobrinho da tia Joaquina"


E ra costume dar aos filhos nomes idênticos aos dos tios e avós, mesmo que variasse o género, pelo que o autor do artigo  admitirá, para facilidade de escrita que, carinhosamente, o trate por "Jaquinzinho".

Toda a argumentação utilizada no seu artigo, na minha modesta opinião, mais não serviu para tentar esconder o verdadeiro embaraço relacionado com a COBRANÇA TARDIA de uma dívida, como o próprio reconhece no texto: "1 ano e tal, 2 anos". Dessa falha grave vocês não escapam. Trato por vocês pois quando li o artigo "cheirou-me" a encomenda feudal...

Reside aqui o "cherne" da questão, o qual é expressão da TOTAL INCOMPETÊNCIA de quem tem a responsabilidade de analisar os débitos e créditos (de clientes, também os há, motivados por sobrefacturação). Se calhar, como o Jaquinzinho sugeriu (será conhecimento directo que esconde da chefe?), essas pessoas internamente também andaram a bilhardar (com perfis falsos) ou a ver a vida alheia na internet durante as horas de expediente. Mas, ao contrário da "Tia", essa maltinha foi e é paga por todos os que são roubados pelo Estado na cobrança de impostos.

Depois, parece faltar honestidade intelectual ao "sobrinho" quando se refere às empresas, ou seja no plural, visto que se tratou de uma única situação de alegado incumprimento em particular, como se quisesse ter a razão pelo argumento de ordem numérica. Que não colhe. 

Por outro lado, tentar dar a entender que a "Tia" é múltipla devedora afigura-se-nos um manifesto caso de denúncia caluniosa. Se tivessem decoro e assumissem a "paternidade" da obra escrita (isto para quem apregoa a assumpção de responsabilidades, mas para os outros está claro), o montante de indemnização por danos morais iria abater ao remanescente do capital em dívida. Ou daria direito a uma reconvenção nada meiga.

Decerto por estar mal habituado - já que assumiu as "dores de Pedra" - não há nota de que as empresas privadas deixem passar mais de 60 dias as situações de incumprimento (a não ser para os calotes do próprio Governo Regional, para os quais raramente são cobrados juros, a não ser nos casos em que isso interesse para eventuais financiamentos ilegais)... O que ninguém ainda explicou é a razão pela qual se esperou 2 anos (731 dias!) para cobrar a dívida da água à sua «Tia». Ou a si próprio, já que alega que a factura estaria em seu nome.

Por outro lado, a falta de qualidade da prática de gestão da carteira dos clientes revela um nível a roçar o grotesco, pois que, no caso de haver clientes com várias propriedades, natural seria que as facturas fossem enviadas todas para a mesma morada, normalmente a da residência fiscal. Qualquer programa informático (mesmo os da privilegiada MCComputadores, no que aos ajustes directos dizem respeito) poderá fazer essa triagem.

Além da estranheza do tempo de demora na cobrança (face ao qual os juros de mora deixam de ser legítimos, o que, como alguém bem referiu, leva à aplicação da figura jurídica da prescrição, prevista na lei civil, ao fim de determinado tempo) também não se percebe que não tenha havido a percepção do chamado "dom da ubiquidade" da Tia Joaquina, por consumo duplicado no mesmo período temporal.

Esta é a grande diferença e exemplo entre ter técnicos colocados na função pública devido ao cartão partidário (para os quais "o computador faz tudo") e analistas de créditos e de cobranças que verificam sucessivamente desvios e incongruências.

Escondendo-se ainda outra realidade: a redução do número de pessoas que faziam a leitura dos contadores (de água e de electricidade) e que melhor poderia informar internamente devido ao contacto directo com os consumidores Algo que a inteligência artificial jamais ultrapassará a burrice natural.

O Jaquinzinho alega indirectamente que a "Tia" não estava de boa-fé e que fugiu para a Venezuela. Parece-me, pelo contrário, que foi o sobrinho quem fugiu e deixou a tia com o calote de 2000 e tal euros em execução. Será aquele caso de "chamo-te caloteiro antes que me chamem"?

Agradeço, por fim, os conselhos gerais que nos deixa, no que toca à assumpção de responsabilidades pelas nossas burrices, quando devesse olhar, sobretudo, para dentro da instituição que, supostamente, integra, em vez de vir para aqui "tapar o sol com a peneira". Uma tentativa sem sucesso: ou um manifesto caso dum Jaquinzinho "comido de cebolada"... isto para quem nos chamou de burro. 280 mil burros menos 1 (e a chefe), esquecendo os que vivem aqui e falam uma língua estrangeira...

Quanto à situação concreta da "Tia", ficou por esclarecer, porque cada caso é um caso e já dizia o Professor Dr. Menezes Cordeiro que "o Direito só existe devido aos caso concreto", se o Município sempre reconhece a questão da prescrição de parte da dívida (o que parece que "não quis saber" e o "sobrinho" não veio aqui desmentir nem ousar pronunciar-se... porque será?) e, em consequência, o abate significativo do montante de capital em dívida.

E ainda, porque a "Tia" está na Madeira (parece que foi o sobrinho quem fugiu... e fingiu?...), se foi já delineado algum plano faseado de pagamentos parciais para a parcela da dívida não prescrita, tal como outras entidades públicas o fazem, porque a isso estão legalmente obrigadas. Já trabalharam nisso ou ainda navegam na internet e, em especial, no Correio da Madeira de "peito inchado" (cuidado às vaidosas girls para o botão não desabotoar, de tanto inchaço) face ao anterior artigo do "sobrinho"?

Questões internas ora explanadas (não confundir com esplanadas, pois é onde muito boa gente gosta de estar na hora de serviço) que deveriam merecer uma posição dos "boys" e "girls" que, de modo prepotente, lidaram, "ab initio" (salvo seja, para que não sejam "filhotes de calado"...), com este assunto. Dado que, certamente, a "Tia" não será alguém que se queira eximir das suas responsabilidades, apenas desejará, como todos nós, ser tratada com justiça, equidade, bom-senso, decência e, sobretudo, humanidade.

Os burros somos nós? E quem lhe disse que não assumimos as nossas responsabilidades? Como se atreve?! Está a ver o risco da generalização?... Esta "estória" de querer "mostrar serviço" à chefe por vezes pode ter como efeito "boomerang" uma pedrada imprevista.

"PEDRADA NA PEDRA É O QUE O FUNCHAL PRECISA" - Em sentido figurado, claro está. 

Fica já o mote para algum partido ou grupo de cidadãos utilizar na próxima campanha eleitoral autárquica.

Agora se compreende que haja um Provedor dos Animais (a propósito, Cristina Pedra: o que é feito do Médico Veterinário Municipal prometido desde 3 de Abril desde ano?...) e não exista o Provedor do Munícipe, pois os primeiros... não falam. Dá jeito a "política do surdo-mudo" para que a Alice do Palácio de São Lourenço possa dizer, no chá com os cônsules honorários (outros parasitas que "roubam" lugares de estacionamento no centro do Funchal para as "madames" fazerem compras que nada têm a ver com relações diplomáticas... exceptuando talvez as de alcova) que se vive bem na Madeira. 

Só que, infelizmente, as palavras escritas berram e fazem berrar. E sendo que o Correio da Madeira tem feito de Provedor dos Funchalenses e de Representante dos Madeirenses. Quando (quase) tudo à nossa volta tem falhado. 

Em boa hora existem. Sugiro, como prevenção, que pesquisem um servidor islandês cujo dono impede que qualquer site possa ir abaixo por acção invisível deste big-brother global. Obrigado.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira
, 14 de Outubro de 2024
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