Operação Imunidade


N o circo da Assembleia Legislativa da Madeira, mais um espetáculo está em cartaz. Os protagonistas? Eduardo Jesus, o Secretário Regional de Economia, Turismo e Cultura, e Brício Araújo, atual presidente interino da Comissão de Regimento e Mandatos. Na arena da política regional, ambos dão um show à parte – mas não é dos bons.

Parece que a Assembleia tem andado num verdadeiro jogo do "passa e repassa". Desde o dia 15 de outubro que o pedido de levantamento de imunidade do ilustre Eduardo Jesus – o homem que insiste em posar de santo padroeiro do Turismo – repousa confortavelmente nos corredores da Assembleia. Ao que consta, o presidente da Assembleia até tratou de despachar a papelada no dia seguinte. Mas será que o papel se perdeu no caminho? Será que houve uma confusão entre os gabinetes ou, quem sabe, se tratou de um caso de “não vi, não sei, não chegou”?

Entra em cena Brício Araújo, nosso herói temporário na presidência da Comissão de Regimento e Mandatos, que jura de pés juntos que não viu pedido algum. E se o pedido não foi visto, bem... quem somos nós para questionar? De facto, a situação é uma verdadeira "dança da imunidade": a cada pergunta dos jornalistas, uma resposta mais evasiva. Brício, o guardião dos segredos da Assembleia, insiste que está tudo em ordem – pelo menos naquilo que ele diz ter recebido, que claramente não inclui o pedido de Eduardo Jesus.

E por falar em Eduardo, este "santo de sorriso tranquilo" não parece muito incomodado com o imbróglio. Ao que tudo indica, a imunidade é uma capa que lhe assenta bem, tal como um manto sagrado. Enquanto os cidadãos comuns da Madeira aguardam, Eduardo sorri e mantém o silêncio, deixando-nos imaginar se, por trás daquela face serena, há uma confiança sólida de que, imunidade ou não, nada o atinge. Afinal, estamos na Madeira, e a ilha, ao que parece, é grande o suficiente para abafar qualquer suspeita.

Entretanto, em uma jogada digna de novela, espera-se que José Prada regresse na próxima semana para tomar as rédeas da Comissão e, quem sabe, finalmente mexer no tal pedido de Eduardo Jesus. Porque, claro, tudo é temporário, e na Madeira nada se faz sem as mãos certas no leme.

Com mais este processo, já são cinco governantes suspeitos na ilha – uma façanha digna de um prémio de criatividade política. Mas enquanto isso, Eduardo Jesus continua a pairar sobre os "turistas" locais e Brício Araújo garante que, na sua gestão temporária, a imunidade é, acima de tudo, intocável.

Aguardemos os próximos capítulos, porque, no final das contas, nesta saga política, uma coisa é certa: quem espera sempre alcança...ou não.

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira
, 5 de Novembro de 2024
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