O recente crescimento do CHEGA nas sondagens nacionais está diretamente relacionado com a postura tomada pelo partido na Madeira. Após ter cedido anteriormente ao governo de Miguel Albuquerque, o CHEGA deu um passo importante ao apresentar uma moção de censura contra o executivo, uma atitude que recupera a sua génese de combate à corrupção e à manutenção de princípios inabaláveis.
Apesar do desgaste que o partido sofreu quando legitimou inicialmente o governo de Albuquerque, o CHEGA tem agora uma oportunidade de ouro para se reafirmar como uma alternativa política séria e confiável. O apoio popular à luta contra a corrupção na Madeira é crescente, e o partido tem de se alinhar com as expectativas dos eleitores, que já não toleram um governo em que metade dos seus membros se encontram envolvidos em escândalos judiciais.
Miguel Castro, líder do CHEGA na Madeira, tem uma missão crucial: continuar a ser firme na sua oposição a qualquer acordo com Miguel Albuquerque. A legitimidade do partido depende de sua coerência e consistência em não se aliar a corruptos, independentemente das dificuldades que isso possa trazer. Cada vez que o CHEGA rejeitar os acordos com um governo sujo, mais próximo estará de conquistar a confiança dos madeirenses e de cimentar sua posição como uma força política em crescimento.
A solução é clara: o CHEGA deve colocar-se firmemente contra o governo regional de Albuquerque e recusar qualquer aliança que implique um pacto com a corrupção. A viabilidade do governo não deve ser uma prioridade, mas sim a integridade do próprio partido. A Madeira precisa de ver, claramente, que o CHEGA é o único partido capaz de assegurar que os corruptos não terão espaço para governar.
Se o partido seguir essa linha, garantirá a sua relevância nas próximas eleições e, consequentemente, o seu crescimento a nível nacional. Ao permanecer fiel aos seus princípios, o CHEGA não só reconquista a confiança dos eleitores que se afastaram para o JPP, como também reforça a sua posição como alternativa credível. Não há espaço para mais falhas, mais concessões ou mais tergiversações.
Miguel Castro e o CHEGA têm agora nas suas mãos a oportunidade de mostrar que, na política, o que conta é a coerência e a coragem de ir contra o sistema estabelecido. A única forma de continuar a crescer é ser fiel ao que o partido representa. O CHEGA não pode e não deve voltar atrás: A confiança dos eleitores, a credibilidade do partido e a própria democracia regional dependem disso.
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 4 de Dezembro de 2024
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