Três reis magos... só falta o ouro, o incenso e a vergonha!


Vamos analisar a linguagem não verbal deste trio político, considerando os detalhes caricatos da actualidade na Madeira:

Paula Margarido (à direita) O sorriso dela é uma verdadeira obra-prima de confiança cínica, tão reluzente quanto os enfeites na árvore atrás. A expressão diz tudo: "Pobres na Madeira? Deve ser alguma tradição antiga que eu desconheço. Talvez uma lenda urbana, tipo o Pai Natal." E repare-se na leve inclinação para o lado, como quem já está a desviar-se de qualquer pergunta incómoda. É a postura de quem sabe que, se houver um pobre por ali, está provavelmente escondido debaixo da mesa de doces. 

Miguel Albuquerque (no meio) exibe um sorriso tão falso que até a árvore de Natal parece prestes a derrubar-se com o peso da ironia. Com aquele olhar ligeiramente inquieto, quase ouvimos os pensamentos dele: "Eu saio daqui só se me arrastarem – e mesmo assim, vou espernear, “depois da minha dose de farinha diária”. A gravata verde, talvez um símbolo de esperança (dele, claro), contrasta maravilhosamente com o ar de "Sim, eu sei que a corda está a apertar, mas, por enquanto, estou bem confortável no trono." A postura erecta parece ensaiada, como quem quer convencer a audiência de que tudo está sob controlo, quando na verdade está mais tenso que um perú na véspera de Natal.

Rita Júdice (à esquerda) de braços cruzados e olhar direto, Rita exala uma vibe de "Eu sou a ministra da justiça e sei exatamente o que está a acontecer aqui". O casaco vermelho dá-lhe um toque de autoridade natalícia, como quem diz: "Podem sorrir para a câmara, mas sabem que a justiça não tira férias, certo?" O leve toque de descontração no sorriso talvez seja para suavizar a seriedade das promessas feitas.

No geral, o trio posicionado à frente de uma árvore de Natal tão decorada é um retrato perfeito da política no final do ano: todos decorados, brilhantes, mas com segundas intenções pairando como estrelas no topo.

É um abraço estratégico, quase um gesto político subliminar: de um lado, segura a Ministra da Justiça, talvez a lembrar que não vai largar o cargo tão cedo.  Do outro, Paula Margarido, a negadora oficial da pobreza, num gesto paternalista que grita: "Não te preocupes, Paula, se não há pobres, também não há problemas!". A pose geral é de um homem que tenta exalar autoridade e proximidade, mas acaba por transmitir a imagem de alguém que está a agarrar-se desesperadamente ao que pode, tal como faz com os ombros alheios.

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira,  4 de Dezembro de 2024
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