E m várias partes do mundo, o WhatsApp tornou-se uma ferramenta poderosa de mobilização política e social. No Líbano, os protestos de 2019 contra impostos sobre as telecomunicações começaram a ganhar força em grupos de mensagens instantâneas. No Brasil, o WhatsApp foi crucial para coordenar manifestações tanto em apoio quanto contra o governo. Na Índia, a plataforma serviu como veículo para organizações locais que desafiaram políticas governamentais. Estes exemplos mostram como as novas tecnologias estão a mudar a forma como movimentos de resistência se organizam e ganham força, longe das praças públicas tradicionais.
Na Madeira, um exemplo desta tendência emergiu nas dinâmicas internas do PSD. Manuel António Correia foi um dos primeiros a reconhecer que o poder de mobilização política se tinha transferido para os canais digitais. Ao criar um grupo de WhatsApp
reuniu militantes descontentes do PSD e outros apoiantes, estabelecendo um espaço para discussão política e resistência à liderança de Miguel Albuquerque. Com o aumento das tensões internas e ameaças contra os seus apoiantes, MAC tomou a iniciativa de proteger os participantes ao criar um canal alternativo que garantia maior segurança e anonimato
Miguel Albuquerque, confrontado com pressões externas e internas, também tentou acompanhar a tendência digital e criou o seu próprio canal. No entanto, a sua tentativa de se modernizar parecia mais uma resposta desesperada a uma situação política que o deixava cada vez mais isolado, com um apoio interno cada vez mais reduzido.
Os grupos de WhatsApp transformaram-se em espaços cruciais para a reorganização e mobilização interna no PSD Madeira. Estes canais permitiram aos militantes insatisfeitos manterem-se ativos e articularem uma resistência coordenada, desafiando a liderança de Albuquerque e expondo a fragilidade da sua posição no partido.
Miguel Albuquerque enfrenta agora uma crescente oposição interna, enquanto os grupos digitais se tornaram o palco central de uma revolução silenciosa. A sua resistência em reconhecer o enfraquecimento da sua liderança apenas acentua o desgaste da sua estratégia. O futuro do PSD Madeira parece caminhar para uma inevitável mudança de ciclo, e muitos observadores acreditam que a continuidade de Albuquerque no comando do partido é agora apenas uma questão de tempo.
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024
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