JMR: o mundo é o teu casino ... royal.


Caro José Manuel Rodrigues,

C om a sua costumeira preocupação em revitalizar as zonas rurais da nossa Madeira. É uma causa nobre, sem dúvida! Afinal, quem mais se dedicaria com tamanha seriedade a garantir que os pastos tenham futuro e as ovelhas companhia?

Mas permita-me lançar-lhe um desafio diferente. Já pensou em dedicar a mesma paixão ao combate de outro tipo de despovoamento? Refiro-me, claro, ao despovoamento intelectual, ético e, porque não dizê-lo, à falta de transparência na Assembleia Legislativa Regional. Sim, essa mesma que deveria ser o símbolo maior da democracia, mas que às vezes mais parece um museu de velhas práticas que teimam em resistir ao tempo.

É certo que as aldeias rurais estão a esvaziar-se, mas há um certo eco, igualmente preocupante, nos corredores da Assembleia. Um eco que reflete a falta de debate genuíno, a ausência de novas ideias e um vácuo ético que deixa os cidadãos a questionar: “Quem nos representa, afinal?” E, convenhamos, um “regresso às origens” da democracia seria tão revitalizador quanto aquele que propõe para os campos.

Imagine só, enquanto resolve o problema das casas abandonadas nas zonas rurais, podia dar um jeitinho para ocupar aquelas cadeiras vazias de princípios e ideias. Uma espécie de "plano integrado de repovoamento" que trouxesse um novo fôlego tanto às aldeias como às instituições.

Dito isto, confio plenamente no seu talento para abraçar mais esta missão, com o mesmo rigor com que defende os interesses da Madeira… e, claro, de quem a governa.

Com todo o respeito (e uma pitada de esperança),

Um cidadão que só quer ver a Madeira cheia de vida, ética e transparência, rural e urbana.

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira,  4 de Dezembro de 2024
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