A recente atitude de Miguel Albuquerque, ao não pagar os ordenados dos funcionários públicos no dia 20, como é habitual, representa uma jogada política que merece ser amplamente criticada. Trata-se de uma estratégia baixa e lamentável, que visa espalhar o medo entre os funcionários públicos e reforçar a falsa narrativa de que, sem ele ou sem orçamento aprovado, não há segurança nem estabilidade para a população.
Ao atrasar os vencimentos, Albuquerque utiliza o medo e a chantagem política. A mensagem subliminar é clara: como o orçamento não foi aprovado, os funcionários públicos não receberão os seus salários, ou seja, o caos se instalará. Essa tática joga com as inseguranças legítimas de milhares de famílias, como também demonstra o quanto o líder está disposto a sacrificar o bem-estar da população para atingir os seus próprios objetivos políticos.
Mais do que uma questão administrativa ou técnica, a decisão de atrasar o pagamento dos vencimentos revela o desprezo pelo impacto humano da sua gestão. Milhares de funcionários públicos dependem desses rendimentos para cumprir as suas obrigações, como pagar contas, comprar alimentos e sustentar as suas famílias. Albuquerque, no entanto, prefere usar os funcionários públicos como moeda de troca numa tentativa desesperada de manter o controlo político. É inaceitável que ele esteja disposto a atrasar salários apenas para pressionar e reforçar a ideia de que, sem a sua liderança, tudo desmorona.
Esta atitude constitui um verdadeiro abuso de poder. Um líder político tem a responsabilidade de trabalhar em prol da estabilidade e do bem-estar coletivo, não de criar crises artificiais para manipular a opinião pública ou pressionar os seus opositores. Lançar o medo como ferramenta de governação é indigno e rasca, além de colocar em risco a confiança da população nas instituições públicas.
É imperativo que a sociedade e a oposição repudiem veementemente este tipo de prática. Não se pode aceitar que um governante utilize de manobras tão sujas, colocando o povo no meio de uma disputa política. A democracia exige diálogo e respeito pelas pessoas, não jogos de poder que sacrificam os direitos básicos de quem trabalha e confia no Estado.
Miguel Albuquerque precisa ser responsabilizado pelas suas ações. Jogar com os salários de trabalhadores para forçar decisões políticas não é apenas antiético, é um desrespeito à dignidade dos cidadãos. É hora de dizer basta às estratégias de medo e chantagem. A população merece líderes que governem com responsabilidade, integridade e compromisso com o bem comum.
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 21 de Dezembro de 2024
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