O mito dos 500

Quem serão os míticos 500 funcionários públicos de quadros intermédios que seguram a máquina do PSD? Estamos verdadeiramente curiosos… Alguém arrisca?

S ão quase uma lenda urbana, uma espécie de sociedade secreta à la maçonaria, mas com menos cerimónia e mais Excel. Dizem que, sem eles, o PSD colapsa. Não partido todo, claro, apenas as reuniões intermináveis, os planos estratégicos que nunca veem a luz do dia e os despachos que ninguém lê.

Imaginemos como será a seleção destes indivíduos de elite. Um reality show? Uma prova de resistência onde têm de sobreviver a três dias de burocracia intensa sem café? Ou, quem sabe, um questionário tipo: "Como atrasar uma decisão importante em cinco passos simples?"

E a sua rotina? Deve ser fascinante. Começa com um café nos corredores labirínticos das secretarias, enquanto trocam sorrisos cúmplices e dizem: "O Excel é a nossa arma secreta". Depois, é mergulhar nos emails com cópia para toda a gente, porque comunicação é importante. No final do dia, reúnem-se numa cave escura, como uma verdadeira irmandade, para debater as grandes questões: "Será que o chefe sabe que é o estagiário que faz o trabalho todo?"

E é claro que a estabilidade da máquina partidária do PSD depende deles. Não dos políticos de topo, que vêm e vão como as estações do ano, mas destes titãs dos quadros intermédios, os verdadeiros guardiões da instabilidade regional. Afinal, alguém tem de saber onde estão guardados os carimbos e as atas das reuniões de 1997.

No fundo, são os heróis silenciosos do sistema. Sem capas, sem superpoderes, mas com pastas cheias de papéis e agendas organizadas. Talvez, um dia, a história lhes faça justiça. Até lá, continuaremos a ironizar e a perguntar: "Mas quem são eles, e onde é que os recrutaram?"

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 21 de Dezembro de 2024
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