A Ilha da Madeira é uma Ilha aprazível para todos os que nos visitam, tem os seus encantos, e deslumbra aos olhos de quem a não conhece. Apesar de tanta beleza, e calmaria, a verdade é que a mesma está envolta num turbilhão de emoções, de jogadas e de esquemas, levando quase ao seu sufoco.
A Ilha da Madeira sente a pressão de todos os que a comandam, e dos que a querem comandar.
Está em curso uma guerra aberta ao poder. Quem vai sair vitorioso? Não sabemos.
O que sabemos é que numa guerra existe sempre um vencedor e um vencido.
No entanto será que a Ilha da Madeira tem candidatos credíveis, candidatos de confiança, candidatos que podem realmente fazer a diferença, de forma a retirar a corda envolta no pescoço da mesma, libertando-a e permitindo que esta possa respirar? Que os madeirenses possam respirar?
O que se tem vindo a observar nos últimos tempos são jogadas sujas de quem não vence as eleições nas urnas, mas querem vencer as eleições na secretaria.
Já muito se tem falado, mas ainda há muito por falar. Olhemos para tudo o que se passa em nosso redor.
A Ilha da Madeira tem um governo, que neste momento está em gestão, que em nada governa a favor dos madeirenses. É um governo irresponsável, que está abraços com a justiça, e que apenas conhece todos aqueles que tem ajudado a engordar ao longo dos anos, tal como porcos para a festa, os chamados barões da sociedade.
Essa engorda é permitida e feita de forma contínua uma vez que são esses que podem os manter no poder, através de manipulações e charadas para com todos aqueles que trabalham para si, pois não esquecemos que esses são os que dão trabalho à maioria dos madeirenses, através dos seus vários negócios.
Como exemplo disso temos, mais recentemente, o sector da hotelaria, em que alguns trabalhadores fizeram greve, como forma de lutar pelos seus direitos, mas que foram ameaçados pelos seus superiores.
O medo é utilizado frequentemente por esses barões, pois sabem que quem lá trabalha cede ao mesmo.
Temos ainda um outro exemplo, o sector da saúde onde muitos dos que lá trabalham continuam a serem pressionados pelo seu director regional, como forma de não alterarem o sentido de voto, nem se manifestarem contra tudo o que está mal naquele sector.
Os madeirenses são um povo pacífico, que acredita muitas vezes nas balelas que lhes são transmitidas, sem analisar, sem observar, e sem se importar em mudar. É um povo que cede ao medo.
Se fossem como outros povos, que se insurgem contra tudo o que não lhes é favorável, de certeza que a Ilha da Madeira já respiraria mais livremente.
Ora, tendo em conta que o polvo PSD, que com os seus tentáculos sufoca tudo e todos para engordar a si e aos comparças, e para continuarem no seu trono por mais uns anos, que alternativa têm os madeirenses para estas eleições que se avizinham?
A única alternativa que vejo é o JPP, que tem demonstrado ao longo dos tempos as falcatruas, as negociatas, e a corrupção que existe aqui na Madeira, e que ainda apresenta soluções credíveis e que podem vir a permitir que os madeirenses possam viver um pouco melhor.
No entanto é um partido que peca muito por não se deslocar para a costa norte da ilha da Madeira, a fim de conhecer as carências que a mesma têm, por inércia dos que por lá comandam.
Mas este erro não é só do JPP, é sim de todos os partidos que se dizem ser da oposição, que bem saem que os tentáculos do polvo PSD abraçam esta Ilha, cobrindo cada canto e recanto.
O PS, que grita aos quatro ventos ser o maior partido de oposição, mas não faz oposição, apenas vai à Assembleia Legislativa Regional mandar uns bitaites, mas nunca apresenta soluções para os reais problemas da Madeira. Vemos em cada discurso de Paulo Cafôfo que o mesmo não está preocupado com os madeirenses, mas sim com a sua chegada ao poder.
O PS tem vindo a se destacar como um partido fraco, incapaz de mostrar confiança, e liderança. Não apresentou a moção de censura quando deveria, ficou simplesmente de braços cruzados à espera que o Chega o fizesse para depois se colar.
Tentou fazer coligação com o JPP, como forma de derrubar o PSD, mas na sua proposta pretendia apenas a ajuda o JPP para chegar onde queria, e não integrar o mesmo na governação da Madeira. Assim não, assim não chegas lá Paulo.
O Chega, tem um líder fraco, que apenas vai na maré, desde que esta lhe seja favorável. A moção de censura foi apresentada pelo seu partido regional, por pressão do seu líder nacional, caso contrário e pela sua vontade nunca tal teria sido apresentada, para não ferir os egos dos seu amigo Albuquerque.
O Chega até podia ser uma alternativa à Madeira, mas não com pessoas que não têm estofo para enfrentar o PSD Regional. É preciso mais, é preciso que o seu líder regional seja afastado, e que no comando do mesmo esteja alguém sem medos, e sem papas na língua.
O PAN é outro partido que rema para onde a maré for mais favorável, e podemos dizer que a Madeira tem um mar até bastante calmo, pelo que não dá para se sentir enjoado.
Mas este não é alternativa nenhuma à Ilha da Madeira, uma vez que os madeirenses não conseguem entender se estes têm soluções credíveis para os reais problemas dos madeirenses, ou se apenas olham para a causa animal.
O IL está escondido na sombra, vindo por vezes mostrando a sua voz, mas que por muito que grite a sua voz não é ouvida por ninguém.
O CDS é também outro partido que não quer perder os tachos a que o PSD o habituou. Pela frente diz uma coisa, mas por detrás faz outra. Na Assembleia Legislativa Regional podemos observar nos discursos dos seus deputados que tudo está bem e que a Madeira é uma Ilha onde são todos ricos, mesmo aqueles que vivem na miséria.
Perante este cenário, não consigo vislumbrar uma Madeira livre das amarras de a têm prendido ao longos destes últimos 50 anos. Esta acabará por sucumbir por falta de respiração.
Nota do CM: pedimos desculpa pelo atraso nesta publicação, escapou-nos.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 7 de Janeiro de 2025
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