Abordagem aos resgates pagos


V ão ser cobradas taxas por resgates com o helicóptero a turistas afoitos com, descriminação positiva para os madeirenses, é um tema polémico porque à equação chegaram os turistas desmiolados do Eduardo Jesus, mas a situação pode ser vista sob diferentes perspetivas. Eu gostaria de abordá-las:

Em favor das taxas:

  • Cobertura de custos: as operações de resgate de helicóptero são caras, envolvendo manutenção de aeronaves, combustível, treino e salários de profissionais qualificados. Cobrar taxas ajuda a financiar estas operações.
  • Desincentivo à negligência: têm vindo a crescer os resgates, as taxas podem desincentivar comportamentos irresponsáveis, como falta de preparação, subestimação dos riscos ou desrespeito aos avisos de segurança.
  • Justiça social: nem toda a população utiliza estes serviços, e a cobrança direta aos resgatados alivia o peso sobre os impostos pagos pela sociedade como um todo.

Contra as taxas:

  • Risco de atraso nos pedidos de socorro: as pessoas em situações de emergência podem hesitar em pedir ajuda devido ao medo de custos elevados, aumentando o risco de acidentes fatais.
  • Impacto no turismo: as cobranças excessivas podem desencorajar turistas, o que impacta negativamente nas economias locais que dependem do turismo. O turista pode evitar áreas da Madeira.
  • Complexidade de aplicação: para determinar quem deve pagar (e quanto) pode ser complicado, especialmente em casos de situações imprevisíveis, como mudanças climáticas súbitas.

Mas existem soluções que são de meio-termo:

  • Seguros de aventura: pode-se exigir/sugerir que os turistas adquiram seguros específicos para atividades de risco, isso pode equilibrar custos e evitar ónus desnecessário sobre o resgatado.
  • Taxas proporcionais: cobrar apenas em casos de negligência comprovada (como ignorar avisos ou praticar atividades ilegais) pode ser mais justo. Nem todos são negligentes, há doenças súbitas.
  • Subvenção parcial: os governos podem subsidiar uma parte dos custos, garantindo a acessibilidade dos serviços sem deixar de cobrar uma contribuição.

No geral, a abordagem ideal deve garantir que os serviços de resgate permaneçam acessíveis para emergências genuínas, enquanto desencoraja comportamentos de risco e cobre os custos de forma justa.

Vim ao Correio da Madeira levantar poeira, agora cada leitor que assente e tire conclusões.


Nota do CM: um autor espalha brasas? 😀

Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025
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