Miguel Albuquerque, o santo de óculos.


A lenda do bolo-rei e dos abraços ao bispo

Q ueridos madeirenses, parece que o nosso Miguel Albuquerque, entre um “abracinho” ao bispo e um bocadinho de bolo-rei mal amassado, decidiu limpar-se. Afinal, quem precisa de anos de políticas transparentes e dedicação ao povo, quando se pode simplesmente enfiar uns óculos, abraçar uns religiosos e aparecer em poses dignas de um anúncio de Natal da Coca-Cola?

Sim, porque óculos, meus amigos, são o novo símbolo da pureza política. Quem usa óculos não pode ser corrupto. Óculos transmitem sabedoria, honestidade e, vá, um certo ar de "eu juro que não sei para onde foram aqueles milhões". E vejam bem, ainda dá um jeitão para ler as instruções de como desviar atenções.

Mas não é só isso! O nosso Miguelinho já percebeu que abraçar o bispo é o equivalente político de beijar bebés em campanhas. É fofinho, é terno e ninguém vai perguntar sobre os contratos manhosos ou as ligações duvidosas, enquanto ele está ali, de mãos postas e sorriso de anjinho. E a cereja no topo do bolo (rei, claro) é garantir que as câmaras capturam o momento. Que é para ninguém esquecer que ele é um homem do povo. Porque nada diz "sou igual a vocês", como comer bolo-rei em janeiro, fingindo que não está a pensar na próxima manobra fiscal.

E agora, o que virá a seguir? Talvez vejamos Miguel Albuquerque a adotar um cão abandonado. Um rafeiro de grandes olhos tristes, que ele batizará de "Transparência". "Adotei a Transparência", dirá ele, com um sorriso tão branco que ofusca até as luzes do Funchal. Ou quem sabe, abrir um mercadinho no centro do Funchal, onde venderá farinha a preço de saldo.

Aceitam-se apostas, queridos madeirenses. Será que na próxima campanha ele vai distribuir hóstias sem glúten consagradas em vez de panfletos? Talvez monte um palco e toque guitarra enquanto entoa "Hallelujah" num dueto improvisado com o bispo. Ou, quem sabe, organize um concurso de bolo-rei para escolher "o mais honesto da Madeira". 

De uma coisa temos a certeza: seja com óculos, bolo ou abraços, Miguel Albuquerque vai continuar a tentar. Não a governar, claro, mas a convencer-nos que esta transformação não é uma grande fantochada. Já ultrapassou todos os limites sr. Albuquerque. Saia, por favor, saia de cena.

Enviado por Denúncia Anónima
Domingo, 5 de Janeiro de 2025
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