A imprensa na Madeira já não existe. O que existe são jornais e televisões ao serviço do sistema, do PSD, das viagens de Bentley e de um governo que quer manter um povo calado e controlado. Aqui, os jornais não informam, mandam recados. Os jornalistas não investigam, obedecem. Quem ousa falar é atacado, calado ou simplesmente ignorado.
O caso do cartaz do PS Madeira mostrou bem isto. O cartaz gozada com Albuquerque nos incêndios e caiu o mundo. O PSD, os lambe-botas, os jornais do regime, tudo a fazer barulho. Como ousavam tocar no chefe? Como ousavam brincar com a tragédia?
Depois veio o Chega com uma bomba ainda maior: uma imagem de Albuquerque rodeado de notas, a expor a ganância do sistema. E o que aconteceu? Nada. Nenhuma manchete, nenhum alarido. Silêncio total. Porquê? Porque o cartaz do PS tocava na incompetência do líder, e isso não pode ser permitido. Mas o cartaz do Chega tocava na ferida do sistema, e quando se mexe na corrupção, o silêncio é regra.
A resposta desesperada do PSD não tardou. Em vez de explicarem as investigações judiciais, os processos e os escândalos que perseguem Albuquerque, preferiram desviar atenções com um cartaz infantil: “Eles querem é uma mala”. Tentaram gozar com o Chega, como se os processos judiciais fossem uma brincadeira e como se alguém quisesse uma mala cheia de notas com Albuquerque ao lado. Isto vindo de um partido que governa há 50 anos. Vergonhoso. O maior partido da Madeira a fazer populismo raso. Mas quando não se tem mais nada para oferecer, vale tudo.
E a imprensa? Nada. Nem uma pergunta séria. Nem um artigo crítico. Apenas o mesmo de sempre: proteger Albuquerque e garantir que tudo continua igual.
O silêncio diz tudo. Este sistema vai levando um a um. Ataca um a um. Partido a partido, pessoa a pessoa. Quem levanta a cabeça, leva. Quem questiona, é queimado. Quem expõe a verdade, é calado. Isto não é democracia, é uma máquina de poder que só quer manter os mesmos no topo.
Enquanto o povo dorme, o regime fica mais forte. Cada voz silenciada, cada escândalo abafado, cada mentira repetida torna o sistema mais difícil de derrubar. Não se enganem: isto já não é só sobre Albuquerque. Isto é um sistema que governa a Madeira como se fosse um quintal privado. Os escândalos não têm castigo, a corrupção não dá prisão, e os amigos do regime nunca caem.
O PSD Madeira nunca esteve tão mal. Nem quando Alberto João aparecia de cuecas. Nunca o partido esteve tão fraco e ao mesmo tempo tão perigoso. Porque agora já não governam com liderança, governam com medo. Governam com chantagem. Governam com silêncio.
A censura existe. Quem disser o contrário ou está cego ou faz parte do esquema. Mas nem tudo está perdido. Ainda há um espaço onde se pode falar sem medo: o Madeira Opina. É dos poucos que ainda dizem a verdade. Aqui, ainda se pode questionar este regime sem censura, sem tesouradas nos textos, sem medo de incomodar os donos da ilha.
Uma vénia a quem faz este trabalho. Continuem firmes, porque a Madeira precisa mais do que nunca. Todos os partidos precisam de espaço, mesmo que nem todos concordem com eles. Porque sem oposição, sem pensamento diferente, sem um sítio onde se possa falar sem medo, a Madeira está condenada.
E que ninguém duvide: se isto continuar assim, o silêncio de hoje será a ditadura de amanhã. Se ninguém fizer nada, este povo está perdido.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025
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