E ra uma vez um arquipélago onde as eleições eram mais um espetáculo do que um ato democrático. No meio deste teatro, Miguel Albuquerque decidiu protagonizar a sua própria versão dos clássicos livros infantis. Entre beijinhos, abraços e promessas recicladas, Miguel transformou-se numa espécie de Anita da política madeirense, sempre com uma nova aventura cheia de encenação e momentos embaraçosos.
Miguel Albuquerque vai ao mercado
Tal como Anita, que adorava visitar o mercado para ver os peixes e as frutas frescas, Miguel também vai ao mercado. Mas, em vez de comprar ingredientes para o jantar, passeia-se de banca em banca, fingindo que entende as dificuldades dos comerciantes. Pergunta o preço do peixe, faz um ar de espanto, promete estudar o assunto, mas no fundo só quer a fotografia para a campanha. Afinal, os problemas do povo não lhe tiram o sono, mas a falta de palco para se exibir já é outra história.
Miguel Albuquerque vai às compras
Anita gostava de fazer compras com a mãe, mas Miguel prefere ir às compras com o dinheiro dos contribuintes. Enquanto o povo faz contas para pagar a renda e as compras do mês, Miguel e os seus amigos do governo enchem os carrinhos com mordomias, contratos chorudos e salários de luxo. No final, pagam sempre com o cartão dourado da política – aquele que o povo financia sem nunca ver o saldo.
Miguel Albuquerque cozinha massa à puttanesca
Se Anita aprendia a cozinhar pratos deliciosos, Miguel também decidiu aventurar-se na culinária política. E qual o prato escolhido? Uma autêntica puttanesca eleitoral. O problema é que a receita de Albuquerque é duvidosa: começa com uma base de promessas ocas, junta umas pitadas de medo, mistura bem com arrogância e tempera tudo com ataques a quem ousa questioná-lo. No final, serve um prato indigesto que só os mais fiéis ainda fingem gostar.
E a cena fica ainda mais ridícula quando, na cozinha da política, vemos o secretário-geral do PSD-M sempre atrás do chefe, como um ajudante de restaurante barato. Prada, o homem do “Sim, chefe!”, que já foi ultrapassado por Rui Abreu, Pedro Arguido Calado e até pelo Rui - dos passes falhados - Coelho na organização da campanha, anda agora a partilhar o prato de puttanesca, tentando mostrar serviço para não perder o lugar ao sol. A verdade é que a única coisa que aprendeu na vida foi a dizer “sim, chefe”, e, no PSD, isso basta para ter tachos e privilégios sem merecimento.
Miguel Albuquerque olha de binóculos
No livro “Anita vai ao farol”, a menina sobe bem alto para espreitar o horizonte com os seus binóculos. Miguel faz o mesmo – mas, em vez de procurar novos caminhos para a Madeira, usa os binóculos para observar de longe os problemas da saúde, da educação e da habitação, fingindo que não são urgentes. E quando vê que a oposição se aproxima? Ajusta o foco, lança um ataque e continua a sua viagem, como se nada estivesse errado.
Miguel Albuquerque brinca com o cão Sissi
Enquanto Anita tinha um gatinho, Miguel tem a sua fiel companheira: a cadela Sissi. E que bela metáfora para o seu governo! Tal como faz com os seus amigos políticos, Albuquerque dá-lhes festas, mimos e pequenos prémios sempre que se portam bem. Mas quando Sissi faz asneira? Nada de repreensões! Afinal, neste governo, quem ladra ao lado do chefe tem sempre um osso garantido.
Miguel Albuquerque vai mandar um fax
No tempo da Anita, enviar um fax era coisa séria. Miguel também gosta de mandar faxes – ou, melhor dizendo, de mandar mensagens e telefonemas para garantir que os amigos continuam bem protegidos. Sempre que há um problema, um escândalo ou um incómodo, é só pegar no telefone e, com um toque de magia, silenciar a questão. Porque na política de Albuquerque, quem controla a comunicação, controla a narrativa.
Miguel Albuquerque é uma Maria vai com todas
Se Anita aprendia a fazer de tudo, Miguel não fica atrás. Adapta-se a qualquer circunstância, a qualquer situação, desde que isso lhe garanta votos e poder. Se for preciso vender os princípios, ele vende. Se for preciso mudar de opinião, muda. Se for preciso abraçar os mesmos que desprezou ontem, abraça. Tudo para ganhar. Tudo para continuar no cargo.
A Realidade: A Estratégia Falhada de Miguel Albuquerque
Brincadeiras à parte, a campanha de Miguel Albuquerque para a presidência do Governo Regional da Madeira está a tornar-se num espetáculo desastroso. A estratégia de campanha revela um político desesperado, que já não tem argumentos nem inovação para convencer o eleitorado.
Quem o está a aconselhar errou redondamente. A ideia de transformar Miguel Albuquerque numa espécie de “homem do povo”, que vai ao mercado, abraça os cidadãos e finge empatia, já não cola. O problema? Durante anos, o mesmo Miguel Albuquerque demonstrou desdém e arrogância por aqueles que agora tenta seduzir. E o povo não esquece.
Além disso, a sua imagem está completamente desgastada. Os escândalos de corrupção que assolam o seu governo, as ligações suspeitas, os contratos duvidosos e o autoritarismo com que sempre governou não desapareceram só porque agora distribui sorrisos forçados. Pelo contrário, estão mais evidentes do que nunca.
O PSD Madeira habituou-se a plantar medo, arrogância e um sistema de favores para se perpetuar no poder. Agora, finalmente, começa a colher os frutos dessa estratégia – e não são bons. O eleitorado já não acredita na retórica do “nós ou o caos”. O caos já aí está, criado pelo próprio governo.
E agora, o que resta? Vídeos maravilhosos, claro. Esperemos mais momentos de Miguel Albuquerque em plena encenação eleitoral: a fazer esparguete, a fingir proximidade com o povo, a dar mergulhos estratégicos e a beijar com cara de “quando é que isto acaba?”.
A grande questão é: será que, no dia das eleições, os madeirenses vão dar um cartão verde a esta farsa ou será que o Miguel da Anita vai finalmente perceber que já ninguém acredita na sua história?
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025
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