Concursos de Mobilidade: um teatro de ilegalidades


Trumpismo ilhéu que carece explicação.

S e há algo que o Presidente da Câmara da Ribeira Brava domina na perfeição, é a arte de manipular concursos de mobilidade para garantir que os seus fiéis seguidores tenham sempre um lugar confortável na Câmara. Num jogo de bastidores onde a legalidade é apenas um detalhe incómodo, as vagas são abertas, mas já vêm com nome marcado. O processo? Apenas uma formalidade para dar aparência de transparência.  

Vejamos o caso da secretária do presidente. Primeiro, um concurso aberto na Direção Regional de Juventude, vaga feita à medida a pedido do Presidente da Câmara da Ribeira Brava. Se a função fosse realmente necessária, porque é que, após seis meses, a mesma regressou à Câmara? Mas não como vereadora – cargo que já ocupou –, e sim como secretária do gabinete da presidência. Uma trajetória que só confirma que a tal vaga na Direção Regional foi apenas um trampolim para garantir um lugar na Função Pública. O objetivo nunca foi servir o interesse público, mas sim assegurar que os "escolhidos" do presidente tenham sempre um tacho garantido.  

E o caso não é isolado. O presidente abriu uma vaga de mobilidade já previamente preenchida para outra fiel aliada, que passou pelo programa da biblioteca da Câmara. Como prémio pela bajulação, Presidente da Câmara da Ribeira Brava mexeu os seus cordelinhos para que fosse colocada na Loja do Cidadão, com a promessa de um concurso de mobilidade para o seu regresso à Câmara. Entretanto, foi posicionada na CPCJ da Ribeira Brava, tudo parte de um plano bem arquitetado para a sua entrada definitiva.  

O concurso de mobilidade que garantiu esta passagem esteve sempre repleto de ilegalidades. Desde o seu início, nunca esteve disponível para consulta pública, um requisito essencial para qualquer processo transparente. Resultado? Apenas quatro ou cinco candidatos concorreram a um concurso escondido, feito à medida para beneficiar quem já estava escolhido. E quem conduziu este processo fraudulento? Uma funcionária que, sabendo perfeitamente das irregularidades, fechou os olhos e seguiu as ordens do presidente, garantindo que tudo decorresse conforme os interesses da chefia.  

Assim funciona a Câmara do Presidente da Câmara da Ribeira Brava: um sistema de favores, compadrios e ilegalidades, onde quem não se submete às regras do jogo é eliminado. O que importa não é a competência, mas sim a lealdade ao chefe. Os concursos são apenas um teatro para esconder uma verdade simples: as oportunidades não são dadas aos mais capazes, mas sim aos mais bajuladores.  

Mas como qualquer teatro mal ensaiado, um dia o espetáculo chega ao fim. E quando isso acontecer, talvez percebam que já não há público disposto a aplaudir.

Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025
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