J orge Carvalho, nosso estimado (ou pelo menos presente) secretário da Educação, é a personificação da arte de... não fazer rigorosamente nada. Não assina, não opina, não decide. É um mestre do imobilismo, quase um monge da inércia, meditando sobre decisões que nunca chegam. Se houvesse uma Olimpíada da indecisão, levava ouro – ou melhor, não levava, porque para isso era preciso decidir competir.
E aquele seu jeito de falar? Impagável! A gaguez não é nervosismo, é o cérebro a fazer uma maratona de obstáculos, tentando encontrar um caminho entre dizer uma banalidade ou enterrar-se mais fundo. É como se cada palavra fosse filtrada por um comité interno de “melhor não” e “deixa estar”. E, convenhamos, ele deve fazer mais pausas para pensar do que um aluno tentando explicar porque não fez os TPC.
Agora, se ele não assina, não opina e não decide, perguntamo-nos: o que faz ele, afinal? Aumenta salários a mercenários que queimam dinheiro público como se fossem notas de brincar. É um verdadeiro Robin Hood ao contrário - tira do público para dar aos amigos ricos! Quem sabe se está apenas a cimentar amizades para um futuro jantarzinho pago com o mesmo dinheiro que ardeu? Estratégia não lhe falta - só faltam mesmo decisões relevantes.
E, claro, vindo de um professor de Educação Física, até se compreende. Sempre a apitar para que outros se mexam, enquanto ele observa de longe. É como se tivesse levado demasiado a sério aquele lema de "olhar é fazer parte do exercício". Pelo menos assim explica-se porque ainda não está arguido - para ser arguido era preciso ter feito alguma coisa. E nisso, Jorge é irrepreensível: não deixa rasto!
Mas olhem, há sempre a questão que paira no ar como um drone sobrevoando a praia: Quando MA partir para o Dubai, o que será de Jorge? Voltará às raízes? Imaginem-no a lecionar Educação Física numa escola secundária:
- "Corram três voltas ao campo... e se alguém souber como se decide algo nesta vida, venha cá explicar!"
Ou melhor ainda, talvez vá para o Dubai também - não para ensinar, mas para fugir de perguntas difíceis. Lá, entre dunas e arranha-céus, pode praticar o seu desporto favorito: escorregar entre responsabilidades. E quem sabe, tornar-se personal trainer de políticos em fuga? Afinal, se há coisa que Jorge domina é o desporto de se esquivar.
Não assina, não opina, não decide. Mas, para quem está sempre a parar para pensar, é curioso como nunca chega a lado nenhum.
Ao ler a noticia de que a ARDITI iria aumentar ate 25% os salários dos seus gestores, recordei que em tempos denunciei a forma como o Secretário de Educação gere as áreas e instituições que tutela. Simples, compra as direções e cede benesses aos seus tutelados para que estes façam o trabalho sujo, saneamentos e as perseguições, ao longo de anos, a quem pensa diferente e é mais competente. Desta vez ficou à vista. Mas, há tantos exemplos, nas escolas, nas mobilidades para os sindicatos, nos benefícios para os amigos especiais, no concursos para aquisição de licenças de software, tabletes, monitores, etc. O Secretário de Educação não assina, não toca e não decide, mas autoriza remunerações e benefícios de diversa natureza que, no fundo, retiram indirectamente dinheiro do erário público. Nunca Carvalho foi tão explicito na forma de beneficiar os seus discípulos. Nunca será apanhado (...) (link)
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025
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