Ditadura Anónima: a ilusão de democracia numa Autonomia Política.
(que pretende ser ampliada com mais poderes)
T anto falam dos anónimos, a resistência do sistema democrático e da Opinião Pública inconveniente, à espera do desembarque dos Aliados, ora de Força Aérea, ora do Judicial. Uma ditadura anónima é um regime onde a opressão e o controle são habilmente disfarçados sob a aparência de uma democracia funcional, é mais vulgar ser chamada de ditadura camuflada.
Em vez de tanques nas ruas e censura explícita, o domínio dá-se por redes de influência, corrupção sistémica e o aparelhamento das instituições, garantindo que o poder nunca saia das mãos do mesmo grupo, diria grupelho. Esta forma de autoritarismo moderno é especialmente eficaz em regiões com autonomia política, adivinhem onde, local onde o governo da tribo e do gangue não é o de todos e pode operar com menos escrutínio nacional e internacional. O avanço da Autonomia é mais ditadura, mais monopólios, mais infraestruturas públicas para evitar despesas dos privados, mais Orçamento regional sugado, mais opressão. Nunca chegam ao limite.
Os pilares da Ditadura Anónima começam pelo aparelhamento das instituições, a separação de poderes é apenas formal. O governo controla os tribunais, garantindo que a justiça nunca atinja os poderosos, deve ser por isso que as acusações só resultam para lá do mar e onde são sempre afectados, coagidos, arguidos e condenados, já repararam nesse pormenor? Eu às vezes fico a pensar sobre como avançam obras megalómanas, já se sabe do Governo, dos Estudos de Impacte Ambiental, financiamento, o que pergunto, e ainda dou benefício às dúvidas, é como passa em em órgãos de fiscalização (como Tribunal de Contas e entidades reguladoras), são dominados por nomeações políticas? Tornando-se coniventes com a corrupção? Ou simplesmente veem o formal dos requisitos que até podem ser forjados... como os tais Estudos de Impacte Ambiental.
A administração pública é convertida num instrumento de lealdade, onde só ascendem os alinhados com o regime.
Temos nesta composição da Ditadura Anónima, os últimos aderentes que em pouco tempo de estatelaram, salvo raras excepções pessoais, a Comunicação Social como ferramenta de propaganda. Os média na Madeira sempre foram dependentes, financeiramente ou pelo quadro do pessoal, foram primeiro sufocados financeiramente para depois serem comprados por grupos ligados ao poder. Portanto, temos comunicação social pública tornada um veículo de propaganda, controlando a narrativa e silenciando os opositores com mestria. Na dimensão ou ausência de cobertura, no lugar da divulgação, na falta de contraditório, no tom jocoso ou tendencioso.
Os jornalistas críticos são perseguidos, a intimidados por campanhas de difamação. Criam-se "jornais de fachada" e perfis falsos para manipular a opinião pública nas redes sociais. Está a acontecer neste momento aos olhos de todos. Parece que nada é suficiente.
O condicionamento eleitoral (já experimentado no interior do partido dominante) consuma-se pelo clientelismo, usado para garantir votos: empregos públicos, subsídios e favores são distribuídos em troca de apoio político. São famílias de poder, sindicatos, partido satélites, benesses a jornalistas, preferências, evolução na carreira, um sem fim...
O medo social é explorado, quem se opõe ao governo perde oportunidades de emprego, contratos ou sofre represálias económicas. Por isso as eleições são uma formalidade, mesmo quando há oposição, o sistema eleitoral é manipulado para impedir mudanças reais e o problema reside na pequenez do espaço onde poucos controlam tudo na economia e na política. A economia controlada pelo poder é o facto e, qual pescadinha de rabo na boca, quem domina a economia manda no poder. É vê-los na frente das comitivas do Governo. As empresas próximas ao regime recebem os principais contratos públicos, criando um sistema oligárquico. Os negócios independentes enfrentam burocracia excessiva, fiscalizações arbitrárias e retaliações, para impedir que cresçam fora do círculo do poder, ai Armas, ai LIDL, ai tantos outros que não deram participação nem "molho". O setor imobiliário é manipulado por esquemas de vistas grossas, especulação e corrupção. Pobres sem Saúde, Habitação e Rendimento.
Chegamos ao uso da "Democracia" como escudo. A população é convencida de que vive numa democracia funcional porque há eleições regulares e alguma liberdade de expressão. Mas, entretanto, dizem que os eleitores estão cansado, para não irem votar, enquanto os do regime são guiados a chicote. Pequenos escândalos são permitidos para manter a aparência de um sistema pluralista, mas os grandes esquemas nunca vêm à tona. Ainda não tocaram nas 325 páginas. Quando surge contestação, o governo recorre à vitimização (coitados, difamação, calúnias, até os jornalistas repetem), alegando que há uma tentativa de "desestabilizar a autonomia" ou que os críticos "atacam a identidade da região". Nós e eles, o inimigo externo, os vendidos a Lisboa, etc. Os ladrões têm um repertório extenso.
Mas qual o papel da população na manutenção do regime. Ter medo e votar neles nem reparando na sua dimensão para desalojá-los da "mama". Muitos cidadãos tornam-se cúmplices passivos desta ditadura anónima. Seja por medo de retaliação, seja pelo conformismo, aceitam o sistema e, muitas vezes, até o defendem. São dos que ganham, com muito a pensar de forma idiota assim. A oposição é fragmentada e descredibilizada por ataques institucionais e campanhas de difamação, gozada para parecer sem valor, é a função dos políticos e dos jornalistas do regime.
No fim, a ditadura anónima perpetua-se sem precisar de um ditador explícito, pois está diluída em redes de interesses, num ciclo onde o sistema se protege a si mesmo e impede qualquer mudança real.
O resultado? Uma autonomia onde os pilares da democracia estão minados, a população é condicionada e o poder mantém-se intacto, mesmo sob o disfarce democrático. E você que tem o voto é tornado um palhaço que não vai à urna mudar isto. Onde fica o fundo do poço para si? Está cansadinho, não está?
Ditadura anónima, corruptos anónimos, enriquecimento anónimo ... a palavra certa é que não pode ser anónima e é mais crime que todo este grupo de ladrões do nosso futuro coletivo. Vêm novos tempos e estaremos tão impreparados como na Covid.
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025
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