O Dengue desvalorizado por um "imunizado"


O verbo mais usado por Albuquerque é "desvalorizar", chegou a vez do Dengue.

P orque informar, e não desvalorizar, é o melhor remédio que auxilia a prevenção, importa dizer que a Dengue é provocada pelo vírus (DENV), que pertence à família Flaviviridae (para quem espuma e diz "tamém" vai custar a sair). Este vírus possui quatro sorotipos diferentes (micro-organismos relacionados que possuem antigénios em comum): DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. É importante dizer que a infecção por um desses sorotipos não garante imunidade contra os outros, por isso, a mesma pessoa pode ter infecções repetidas e aumentar o risco de formas graves da doença.

A transmissão ocorre pela picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti (como é que este "querido" entrou aqui), que é o principal vetor. Infecta-se ao picar uma pessoa já contaminada e, depois de um período de incubação, pode transmitir o vírus a várias pessoas.

Normalmente, a Dengue causa sintoma como febre alta, dores no corpo e articulações, dor de cabeça, manchas na pele e, em casos graves, hemorragias e choque. A melhor forma de prevenção é evitar a proliferação do mosquito, eliminando locais com água parada (as pessoas têm baixado a guarda, chove e o tempo está mais quente).

A presença de um mosquito Aedes Aegypti infectado, como aconteceu no Funchal, sugere, fortemente, que há (ou houve) pelo menos uma pessoa infectada por perto. Sucede porque o mosquito só se torna vetor do vírus da Dengue depois de picar alguém que já está com o vírus no sangue. Mas, encontrar um mosquito infectado não significa necessariamente que a transmissão está ativa naquele momento. 

Atender ao seguinte, o clico da transmissão:

  • O mosquito adquire o vírus ao picar uma pessoa infectada.
  • O vírus multiplica-se dentro do mosquito num tempo de incubação entre 8 a 12 dias.
  • Depois desse período, o mosquito pode transmitir o vírus para outras pessoas ao longo de sua vida, que se situa entre 30 a 45 dias.

Atenção, há casos assintomáticos, algumas pessoas podem estar infectadas sem apresentar sintomas e ainda assim servirem como fonte de infecção para os mosquitos. Quando um mosquito infectado é identificado, é importante investigar casos suspeitos na área para controlar a propagação da doença. O GR fez isso? Chama-se investigação epidemiológica, ou desvalorizou?

Este mosquito infectado indica que o vírus está a circular na região, mas nem sempre significa que uma pessoa com sintomas da doença foi recentemente picada.

O dengue pode levar à morte, especialmente nos casos mais graves e de forma penosa. A forma mais perigosa da doença é a "dengue grave" (que anteriormente era denominado por dengue hemorrágica), é este que pode causar:
  • Sangramentos graves (hemorragias internas, sangramento nas gengivas, nariz, fezes ou vómito com sangue).
  • Pode provocar um choque circulatório (queda brusca da pressão arterial, levando à falência dos órgãos).
  • Falência múltipla de órgãos, se a infecção não for tratada a tempo.
A "dengue grave" (antigamente chamada de dengue hemorrágica) pode ser causada por qualquer um dos quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). No entanto, alguns sorotipos estão mais associados a casos graves:
  • DENV-2 e DENV-3 são historicamente os que mais causam formas graves da doença, incluindo hemorragias e choque circulatório.
  • DENV-1 e DENV-4 também podem levar a casos graves, mas são menos frequentes nesse sentido.
O principal factor de risco para a dengue grave não é apenas o sorotipo, mas sim uma segunda infecção por um sorotipo diferente. Acontece porque, numa primeira infecção, o corpo desenvolve imunidade contra aquele sorotipo, mas a resposta imunológica a uma nova infecção por um sorotipo diferente pode ser exagerada, aumentando as hipóteses de complicações. Mesmo que qualquer sorotipo possa causar a forma grave da doença, a reinfecção por um sorotipo diferente é o maior factor de risco para complicações e morte. A maior atenção recai sobre crianças, idosos, grávidas e pessoas com doenças crónicas

Se notar sintomas graves como dor abdominal intensa, vómitos persistentes, sangramentos ou tonturas, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente. O tratamento precoce pode salvar vidas! É assim que se deve falar e não negar tudo como se fosse um caso de corrupção de imunizados, ou do Trump do Atlântico com a lixívia.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 8 de fevereiro de 2025
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