Porque governar um país é difícil, mas governar para benefício próprio é uma arte!


A política portuguesa dá-nos sempre material de qualidade para umas boas doses de ironia. Aqui vai um Guia Prático de Sobrevivência na Política Portuguesa — com dicas sobre como escapar à justiça, usar o erário público para férias de luxo e, claro, como nunca assumir responsabilidades. É um manual essencial para qualquer aspirante a político que quer brilhar… sem ter que se preocupar com aquelas chatices como ética ou justiça. 

Dica 1: Como entrar na política sem saber fazer nada

Se achas que para ser político precisas de ter estudos, experiência ou competência… que ingenuidade! A única coisa essencial é ter bons contactos e um apelido que soe a importante. Se não tens um, não desesperes! Um bom “Companheiro da Jota” ou um padrinho político resolve a questão. Começa como assessor de alguém semidesconhecido e, em poucos anos, estarás no governo sem nunca ter tido um emprego a sério!

Dica 2: Como desviar dinheiro sem levantar suspeitas

Não sejas amador e evita meter dinheiro diretamente na tua conta (isso é coisa de principiante). Em vez disso, abre umas empresas de fachada, mete uns amigos como testas de ferro e começa a faturar a torto e a direito através de contratos públicos. Melhor ainda, arranja uma fundação qualquer com um nome pomposo – ninguém percebe para que servem, mas são ótimas para lavar uns trocos.

Dica 3: O truque da assessoria: meter família e amigos a render

Lembras-te daquele primo que não consegue arranjar emprego? Daquela tia que sempre quis um gabinete com vista para o rio? Mete-os todos como assessores! Em Portugal, assessoria política é como um presente de Natal sem data específica. E se alguém questionar? Fácil! Diz que são “competentes” e que foram contratados “com base no mérito”.

Dica 4: Como escapar à justiça (e ainda sair por cima!)

Se fores apanhado com as calças na mão, não entres em pânico! A primeira regra é negar tudo, mesmo que existam gravações, testemunhas e vídeos em 4K. Se isso não funcionar, diz que foi um “lapso administrativo” ou culpa de um estagiário. No pior dos casos, mete um recurso atrás do outro e, enquanto a justiça arrasta os pés, candidata-te a deputado – imunidade parlamentar é a tua melhor amiga!

Dica 5: O manual de desculpas para todas as ocasiões. Um bom político nunca admite culpa! Eis algumas desculpas prontas para qualquer escândalo:

  • “Não me lembro” (funciona sempre, até para desvio de milhões);
  • “É uma cabala política!” (Os portugueses adoram um bom drama);
  •  “Estou de consciência tranquila” (mesmo que tenhas a conta na Suíça a abarrotar);
  • “A culpa é da comunicação social” (clássico!);
  •  “Se cometi um erro, foi por amor ao país” (chama o patriotismo para a conversa e safas-te).

Dica  6: Como garantir uma reforma dourada sem nunca ter trabalhado a sério

Depois de uns aninhos a fingir que trabalhas, está na hora de te reformares com um belo tacho. Escolhe um cargo numa grande empresa que tenhas ajudado a privatizar ou aceita um lugar numa qualquer “comissão europeia” onde ninguém sabe bem o que fazes, mas recebes uns valentes milhares por mês. Ah, e não te esqueças de deixar um substituto de confiança para continuar o legado!

Não tem de quê!

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025
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