I magina um lugar onde a terra encontra o mar sem barreiras, onde o vento dança livre entre as árvores e as ondas quebram suavemente nas pedras. Um lugar onde a natureza fala mais alto do que o betão, onde cada respiração traz o cheiro do oceano e a frescura das folhas. Esse lugar existe, e pode ser a Praia Formosa como deve ser: um parque urbano, verde e aberto, um santuário para todos.
Sem hotéis a sufocar a vista. Sem apartamentos a privatizar o horizonte. Apenas um espaço puro, onde a sombra das árvores convida ao descanso e o som do mar embala pensamentos e conversas. Aqui, não há pressa. Há espaço para caminhar, para sentir a areia nos pés, para deixar as crianças correrem livres sem receios.
Um ou outro bar, discreto e bem integrado, acolhe os que querem um café ao pôr do sol ou uma bebida fresca num dia quente. Mas tudo com respeito pela paisagem, sem excessos, sem ruído, sem atropelos à essência deste pedaço de paraíso.
A Praia Formosa merece ser um refúgio, não um mercado de cimento e lucro. Um lugar para a comunidade, para os que aqui vivem e para os que a visitam em busca de um pedaço de autenticidade. Porque as cidades precisam de pulmões verdes, e as pessoas precisam de lugares onde possam simplesmente existir, sem pressões, sem consumo obrigatório, apenas com a beleza da natureza como companhia.
Que saibamos proteger o que é verdadeiramente valioso. Que tenhamos a visão e a coragem de dizer não ao betão e sim à vida. A Praia Formosa pode ser um exemplo do que significa progresso verdadeiro: um espaço onde a modernidade respeita a natureza e onde o usufruto é coletivo, não privatizado.
Porque há coisas que não têm preço. E um horizonte sem muros é uma delas.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025
Todos os elementos enviados pelo autor.
Adere à rede social europeia Mastodon: a nossa conta
Adere à nossa Página do Facebook
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.