Já há gente a pensar se nos cortam fundos...
O aumento dos gastos militares na União Europeia (UE), impulsionado pelos recentes conflitos na Ucrânia e com Donald Trump, reforçam a ideia da necessidade de apostar mais na defesa, o que tem gerado preocupações sobre possíveis impactos noutras áreas de financiamento, incluindo os subsídios destinados às regiões ultraperiféricas (RUP).
Vamos a factos.
A UE aprovou uma estratégia que inclui a constituição de uma força militar para poder realizar intervenções até ao fim deste ano, refletindo a necessidade de reforçar a capacidade de defesa do bloco. Por estes dias, vejo valores exorbitantes a surgir, a apelar ao financiamento e à folga orçamental. A industria Militar vai andar rápido...
As RUP, onde se inclui a Madeira, enfrentam desafios específicos devido ao seu afastamento geográfico, insularidade e dependência económica limitada. A centralidade tem outras prioridades e urgências. É a centralidade que precisa de solidariedade. A Madeira e outras, beneficiam de fundos estruturais dedicados ao seu desenvolvimento, reconhecendo as suas limitações particulares. Levamos décadas a usufruir de apoios... há dinheiro para manter e acrescentar? Não cegou à hora dos outros em serem apoiados?
Até ao momento, não há indicações claras de que o aumento dos gastos militares tenham como resultado cortes específicos nos subsídios destinados às RUP. No entanto, é importante notar que, em períodos anteriores, houve propostas de cortes em programas como o POSEI, que apoia as RUP, gerando preocupações sobre o impacto nas populações destas regiões.
Embora o aumento dos gastos militares possam pressionar os orçamentos da UE, não há evidências concretas de que isso tenha afectado diretamente os subsídios destinados às regiões ultraperiféricas, mas agora o toque de caixa é outro, muito mais agressivo e estamos no início de uma nova era. De urgência. Continua a ser crucial observar as decisões orçamentais futuras para garantir que as necessidades específicas das RUPs sejam devidamente consideradas e atendidas. Mas que argumento pode ser mais forte do que a defesa nestes tempos?
Mas, atenção que a União Europeia ou uma NATO 2, sem os EUA, é algo que se desenha, talvez tenham de aceitar países ao projecto europeu e não os defraudar, é uma forma de reorganizar a Europa para a defesa e retirar alguns países das suas exposições à Rússia... para que a "Ucrânia" não volte a acontecer. Aí já não juro, até porque vai sendo altura de perguntar o que andamos a fazer ao dinheiro perante este grau de pobreza.
Cuidado com os argumentos e justificações, estamos frágeis a esse nível e eles não são jornalistas a quem se engana com facilidade. O exemplo inflexível nos casos da Zona Franca, são um indicador ... e nunca esquecer que podem não cortar, mas vão começar a decidir onde é que a Madeira vai investir o dinheiro disponível. E se não decidir como vem o dinheiro? Uma forma diplomática de lá chegar.
Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 4 de março de 2025
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