A pobreza de ideias


É dito, num espaço de opinião da TSF, que todo o espectro político é muito semelhante nas propostas. Ou seja, o PSD quer o mesmo que o PS; o PS quer o mesmo que a CDU; a CDU quer o mesmo que o CDS; ou o CDS quer o mesmo que o JPP. Todos têm as mesmas propostas, sendo lendário os furtos de propostas do PSD à oposição, plágio cívico e institucional. Não é só na Universidade da Madeira que se plagia trabalho de terceiros. Eu próprio gosto de plagiar o humor de terceiros, mas o humor de qualidade.

Mas o que quero trazer aqui ao Madeira Opina é o seguinte: se existe anonimato não serão os homens e mulheres de grande envergadura ética, cívica, moral, cultural, política e por aí adiante, livres de publicar melhores ideias? É que pelo andar da carruagem, não há ideias em lugar nenhum. Podem até ser plagiadas. 

O que se faz na saúde em Singapura? Ou nas ligações marítimas na Sardenha? Ou nas regiões ultraperiféricas francesas? Seria um início privilegiado para ideias originais? Mas, pelo contrário, muitas vezes é um deserto. Vemos os responsáveis em permanência cautela para ataques pessoais e bocas, boquinhas, bota abaixo. E é esta pobreza de ideias que faz de todos os madeirenses cúmplices do regime. Dizem que o regime oprime. E é opressor. Mas mesmo imune a essa opressão, não brota civismo e elevação. A ditadura está dentro de nós.

Jardim era um faraó, Albuquerque é um faraó. Mas o povo até pode escapar para o deserto e, desde lá, livre da mão pesada dos faraós, ser livre em vez de idolatrar vacas sagradas. Meus amigos, assim não chegamos à terra prometida. E vou dar uma ideia original: é preciso reformar o regime. O governo regional tem demasiados poderes e recursos, estes deveriam ser libertados para os municípios. Estes deveriam ter mais recursos pois estão muito mais próximos das populações. É preciso descentralizar os recursos no sistema político, tendo o governo regional um papel mais fiscalizador e menos interventivo. Miguel Albuquerque sabe que secou as transferências para Santa Cruz, as câmaras é que deviam ter os meios do orçamento regional, não só na área da habitação, como na educação, na cultura, ou na atribuição de fundos para desenvolver a atividade económica. Fica aqui uma ideia. 

R. Silva

Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 6 de março de 2025
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