Dia da Mulher ou campanha eleitoral?


Q uando num serviço se vê esquemas de abuso de poder que favorece capelinhas de quem manda, se ainda por cima se vê ataques a funcionários, quando chegam presentinhos em plena campanha... até parece o Albuquerque cozinheiro quando, depois de exonerar colegas, se lembra que tem de ganhar eleições. Depois de se servirem e chutarem pessoal, acham que são muitos espertos e que as pessoas se esquecem com um presentinho maquiavélico. O melhor presente que poderiam dar era haver uma rusga, porque há bastante para escarafunchar.

Se, durante uma campanha eleitoral, chegam presentes à administração pública, ainda que sob outras justificações, mas que acabam por servir de benefício indireto para a campanha do partido no poder, isso levanta sérias questões éticas e legais. Mas isto é uma coisinha quando um partido normalizou a corrupção.

Estão a aparecer muitos presentes na administração pública, há dias foram as chávenas do SESARAM quando não havia remédios no hospital, agora é canetas no Dia da Mulher quando não há casas. Deve haver mais uso de recursos públicos para fins eleitorais num partido fortemente investigado, mesmo sem um drummond que "tenha saudades tuas, sacana."

Se os presentes (sejam equipamentos, verbas, ou ofertas simbólicas) forem apresentados publicamente como "feitos" do governo, isso pode ser interpretado como abuso de poder ou uso da máquina pública para favorecer um candidato ou partido. Favorecimento indevido, justo agora, ahhh que é natural por isto e aquilo. Não é, porque com falta de tanto, brindes é supérfluo e claramente campanha eleitoral.

Se os presentes vêm de empresas ou entidades privadas que têm interesses junto do governo, pode haver um risco de tráfico de influências ou de troca de favores. Neste caso é interesse próprio dos titulares de cargos públicos a fazer campanha para si mesmos!

Há distorção da igualdade eleitoral, sempre houve, mas agora é mais aflitivo. Um governo que usa a sua posição para capitalizar politicamente sobre bens recebidos, pode estar a criar uma vantagem injusta face aos seus adversários.

E assim continuamos na perceção de corrupção, mas eles não se importam porque normalizam. Mesmo que legalmente não haja um crime, o simples facto de um "governo" receber ofertas de si mesmo, durante uma campanha, e promover essas ofertas como suas, pode corroer a confiança pública e dar a entender que há práticas pouco transparentes. É um circuito de privilegiados a se segurarem, usando o dinheiro de todos, mas também reflete como a fidelidade está a diminuir, mesmo sendo o emprego público um benefício do partido. Então é certo que Albuquerque não governa para os madeirenses, basta-lhe o séquito se todos votarem, por isso é que se deve repetir até à exaustão que os outros estão cansados da democracia e das eleições. Por favor vão votar e deem resposta contrária!

Se um governo recebe presentes durante a campanha e faz disso um trunfo eleitoral, a democracia fica prejudicada, pois a linha entre governo e partido fica turva. A separação entre gestão pública e disputa eleitoral deve ser rigorosa, para que os cidadãos votem de forma informada e sem manipulação indireta.

Estão a comprar votos com dinheiro público, não é novidade, mas cada vez mais descarado.

Onde andam os 9 marmanjos da Comissão Nacional de Eleições?

Enviado por Denúncia Anónima
Terça-feira, 11 de março de 2025
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