Vamos ver o "fim" das promessas de JMR, agora na Economia.
S e alguém ainda tinha dúvidas sobre como funciona a política na Madeira, os últimos desenvolvimentos esclarecem tudo. O CDS-PP, partido que foi reduzido a um único deputado nas últimas eleições, conseguiu o milagre de transformar um resultado miserável numa posição de destaque no Governo Regional. José Manuel Rodrigues, qual contorcionista político, saltou da Presidência do Parlamento para uma secretaria recheada de funções estratégicas, como se tivesse ganho as eleições.
Vejamos bem: o CDS-PP perdeu eleitores, foi esmagado nas urnas e, mesmo assim, acaba com áreas chave como comércio, indústria, transportes marítimos e fundos europeus. Quem diria que um partido praticamente irrelevante conseguiria ter mais poder do que o JPP, que teve um crescimento eleitoral notável? Isto cheira a oportunismo puro, e quem perde é a Madeira.
O PSD, liderado pelo eterno Miguel Albuquerque, fez aquilo que sempre faz: jogadas de bastidores para manter o poder a qualquer custo. Em vez de ouvir os eleitores, que deram um sinal claro de mudança, tratou de costurar um acordo para se agarrar à cadeira. E que melhor parceiro para esta manobra do que o CDS-PP, que já provou ser um aliado submisso?
José Manuel Rodrigues agora vem prometer cortes no IRS e IVA, valorização de salários e mais investimento estrangeiro. Palavras bonitas, mas já ouvimos isto antes. A realidade é que o custo de vida continua a disparar, os jovens fogem da ilha por falta de oportunidades e os pequenos empresários lutam para sobreviver num mercado dominado por monopólios. Alguém acredita que agora, com um CDS enfraquecido e um PSD viciado no poder, as coisas vão mudar?
E depois temos o ferry. Sim, esse mesmo ferry que aparece e desaparece consoante as necessidades eleitorais. Agora, mais uma vez, surge a promessa de um concurso para a linha marítima. Alguém quer apostar que esta promessa se vai arrastar até às próximas eleições, para ser novamente reciclada e atirada aos eleitores como uma cenoura ao burro?
Enquanto isso, o JPP, que foi o partido que mais cresceu e mostrou uma postura séria e coerente, vê-se excluído das decisões. Mas a verdade é que, mais cedo ou mais tarde, os madeirenses vão perceber que o futuro da ilha não pode estar nas mãos dos mesmos de sempre. Quem realmente quer mudança tem de deixar de cair no conto do vigário e perceber que o voto útil não é no PSD e nos seus compinchas de sempre, mas sim em quem tem trabalhado e crescido sem esquemas nem favores.
O que aconteceu nas últimas eleições foi claro: os madeirenses mostraram que querem mudança. Mas essa mudança só acontecerá quando a população parar de cair em promessas ocas e começar a dar oportunidade a quem realmente quer trabalhar por um futuro melhor. Caso contrário, o circo vai continuar, e quem paga bilhete são sempre os mesmos: os madeirenses.
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