Que lindo é ver o overtourism a matar a Madeira. Madeirense quer, madeirense tem.


E sta é das tais coisas que não aparecem na comunicação social da Madeira para não acordar as massas, felizmente temos o Madeira Opina para continuar a alertar. Quem trilha caminhos errados terá maus resultados, mais cedo ou mais tarde, nunca fazer errado deu certo, a menos que seja uma questão de roda da sorte onde o acaso atribui lucro, mas nunca mérito.

Eduardo Jesus, autor dos precedentes que estão a destruir a Madeira, vai continuar no cargo, parece que por quatro anos. O meu texto não visa informar os madeirenses que escolhem democraticamente, só quero que fique um registo no Madeira Opina, a quem desejo muitos anos de vida, para quando toda a porcaria que andam a fazer na Madeira a arruinar.

Já há revistas com olhar crítico e não comercial, de bajulação aos destinos para ganhar uma viagem e alojamento ou dinheiro:

De acordo com especialistas do New York Post, estes lugares estão a sofrer com o turismo excessivo (overtourism) e correm o risco de arruinar a sua experiência de viagem. Se pretende desfrutar verdadeiramente das suas férias, sem a invasão de turistas, aqui estão cinco destinos a evitar de todo no próximo ano. WomensHealth (link)

1. Bali, Indonésia: A crise do overtourism e o "apocalipse de plásticos"

2. Koh Samui, Tailândia: A ilha sobrecarregada pelo turismo e pelo caos

3. Monte Everest, Nepal: Sobrecarga e degradação ambiental no campo-base

4. Barcelona, Espanha: Como o overtourism está a mudar a cidade

5. Lisboa, Portugal: O afluxo turístico que está a arruinar a cidade

Sobre lisboa dizem isto:
Lisboa, a cidade das sete colinas pitorescas e dos elétricos históricos, é atualmente um dos destinos mais procurados da Europa. Mas, com o crescente número de turistas, a capital portuguesa está a enfrentar sérios problemas devido ao turismo de massa. Os preços dos alojamentos subiram a níveis insustentáveis, e a cidade está a tornar-se cada vez mais difícil de viver para os residentes, com o risco de perder as suas tradições e autenticidade. Se não quer lidar com a multidão e o aumento do custo de vida, Lisboa pode não ser o lugar ideal para as suas férias em 2025.

Depois das medalhas compradas para levar o destino Madeira ao "overtourism", que enchem os hotéis dos amigos, o reverso da medalha ocorre quando o destino turístico, antes altamente elogiado, passa a ser visto como um lugar a evitar. Eles já chegaram a Portugal. Este fenómeno acontece quando o excesso de turistas gera impactos tão negativos e significativos que prejudicam a experiência dos visitantes e a qualidade de vida dos moradores. O que sentimos na Madeira.

Longas filas para atrações, dificuldade de locomoção, ex-libris impossíveis de se usufruir (se não se perderem) tornam a visita frustrante, etc, a turistas e a residentes. O turismo excessivo destrói ecossistemas frágeis. É o que temos! O "overtourism" torna tudo mais caro, sobretudo habitação, e expulsa os locais para "cascos de rolha" (é o que vem aí nos custos controlados). Há descaracterização cultural, até a Secretaria perde a cabeça e é ver aquela dança na BTL. O excesso de turismo compromete tradições locais, porque o lucro inventa interesses que nada têm a ver com as tradições. Aqui na Madeira, como vimos nas Regionais, aceita-se tudo, portanto vamos mais longe no "overtourism", ninguém vai rejeitar os turistas ou impor números limite, também não se cria um ambiente hostil, o madeirense é acanhado. Venham mais hotéis e rent-a-cars. E boca fechada.

A descaracterização do Funchal é uma realidade que vai acelerar, tudo para Alojamento Local, não afecta apenas a estética urbana, mas também a vida quotidiana, a identidade cultural e a coesão social. Os prédios emblemáticos convertidos em AL's, deixam de servir a população local. Estão a companhar o que se passa no Funchal? Muitas vezes, a arquitetura original é alterada para se adaptar ao turismo, perdendo elementos tradicionais. Os AL's matam as vizinhanças tradicionais na comunidade, sendo substituídas por fluxos temporários de turistas. As pessoas isolam-se mais. O comércio tradicional, já defunto com as grandes superfícies, dão lugar a negócios voltados para o turismo (souvenirs, cadeias internacionais, fast food). A cidade perde a sua essência, tornando-se um cenário artificial, um resort. O turismo de curta duração cria um estilo de vida acelerado e barulhento, prejudicando a vivência dos residentes, é o que o Dário e o Miguel de Sousa dos bares querem. A cultura local perde espaço para eventos e atrações voltadas apenas para visitantes. Este aumento da turistificação e da artificialidade, torna as áreas citadinas como "parques temáticos", onde a cidade existe apenas para agradar aos turistas. Tudo isto está a acontecer ao Funchal, só falhou o maldito estacionamento em profundidade na Praça do Município para satisfazer um novo hotel de cidade do Sousa. Mas dizem que Calado volta para acabar o servicinho, porque com madeirenses passa tudo.

Miguel Albuquerque diz que vai elevar os vencimentos mas, a ser verdade, só pode fazê-lo na função pública, maioritariamente, os seus amigos. E o resto? Como vai fazer os seus amigos empresários pagar melhor o trabalho? Os números do desemprego serão fantásticos com a emigração. Albuquerque está a enrolar as pessoas. Parece que ninguém se convence que é falso. E mesmo que lhe tenham dado a vitória, tudo será cada vez pior, sem poder de compra, sem habitação, sem saúde, sem a nossa terra:

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