Americano: produto não, pessoas sim.


N unca confundir a árvore com a floresta, NUNCA. Donald Trump está a fazer um péssimo serviço à imagem dos Estados Unidos e às suas gentes, mas é preciso ver pelo mapa partidário, por Estados, a diversidade é grande, e neste momento nem os Republicanos, que votaram por custo de vida mais baixo, se estão satisfeitos com o rumo que o país leva. A maior parte dos cidadãos vive para os problemas do país e não se dá conta do que se passa no exterior, nomeadamente a sua "cotação".

A guerra das tarifas, iniciada por Donald Trump, pretende refrear o déficit americano à força, aparentemente para que estrangeiros paguem, contudo os produtos com as tarifas regressam aos consumidores americanos, a inflação vai aumentar. O que temos a fazer é procurar mercados alternativos ao americano e não comprar produtos americanos.

O trumpismo ressuscita muito da narrativa sulista confederada, com outro vocabulário, mas com as mesmas emoções: ressentimento, identidade ameaçada, orgulho regional, desconfiança do governo central. E é por isso que a história da Guerra Civil ainda é tão presente na política americana, porque as feridas nunca sararam completamente. Mas a América é grande, nunca confundir a árvore com a floresta. Há boa gente e é por isso que escrevo.

Vamos ao que interessa. O turista americano está a viajar e muito, apesar das tensões internas e do clima político nos EUA. Há um aumento do interesse por destinos seguros, culturais e "autênticos", Portugal encaixa-se perfeitamente nesse perfil, até porque tem aparecido com frequência em rankings e listas internacionais como um dos melhores destinos para viver, visitar ou até se mudar. E o português tem sentido, porque não ganha para acompanhar esse nível de vida provocado por essas chegadas.

Não creio que o eleitorado de Trump goste de viajar, mas deve haver algum, até o governo, mais leal do que com massa cinzenta, parece odiar e gozar de todos... nos deslizes em que falam na linguagem do dia a dia.

Muitos americanos descomplexados e que não concordam com o estado da América, estão a procurar "refúgios" europeus e Portugal surge como um dos favoritos (Lisboa, Porto, Algarve e até o interior). A Madeira com voos directos deve aproveitar. Muitos americanos (especialmente das costas liberais: Califórnia, Nova Iorque, etc.) estão fartos do clima político e veem a Europa, especialmente para Portugal, como uma espécie de válvula de escape emocional e até existencial. Por muito que Trump nos remexa as "tripas" todos os dias, é preciso saber acarinhar o melhor da América, porque afinal podem nos fazer "grandes" por primeira vez.

E os castiços dos canadianos quando vêm?

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