Corrupção em Estabilidade.
Um povo que se julga máfia e sai com o saco cada vez mais vazio do supermercado.
O PSD domina a maior parte dos Grupo no Facebook, dá fait-divers, impressionismos, festa, acidentes, curiosidades e o pessoal fica louco a passar o dedo, longe de tudo, depois votam na Estabilidade, que é tipo manter o zapping numa terra idílica de ladrões e onde nada funciona mas tem excelentes estudos de opinião que se não for por gente alheada resolve-se pela forma como se recolhe os dados.
Chega-se ao ponto de jornalistas vendidos ao sistema e à política, propriedade dos seus patrões para moldarem as mentes do povo, gente beneficiária dos favores do poder, com empregos para a família, assessorias, etc, principais obstáculos à liberdade de imprensa e ao jornalismo deontológico, os que fogem do jornalismo de investigação numa terra profusa de aldrabice, os que perseguem gente verdadeiramente decente e honrada, que compõem as notícias nas páginas para a oposição perder, muitas vezes de agenda para que uma crítica resulte num grande feito do poder... irem agora falar da desinformação! A hipocrisia é rebuscada.
Vivemos numa terra onde a Covid disse para diversificar a economia e o poder fez ainda pior, que se vicia os ganânciosos a destruir a ilha com a massificação do turismo, que se vai "expropriando" a Madeira aos madeirenses, onde não há poder de compra para viver neste custo e vida artificial gerado para vender imobiliário aos milhões e tudo vale para rebentar com a agricultura para disponibilizar terrenos para a construção se armar aos prémio comprados para parecer no rumo certo.
…E no meio disto tudo, vendem-nos progresso embrulhado em brochuras coloridas e prémios internacionais, enquanto a realidade se esconde nas rendas incomportáveis, nos salários estagnados, e nas promessas de sempre, recicladas com nova tinta e nova "lata", mas com o mesmo cheiro a mofo do compadrio.
Os que ousam levantar a voz são imediatamente rotulados: extremistas, populistas, ingratos. Porque nesta terra, pensar diferente é perigoso, e apontar o dedo ao sistema é logo interpretado como querer “desestabilizar”, essa palavra sagrada, que tudo justifica e tudo esmaga.
E assim se perpetua o ciclo: uma elite agarrada ao poder, um povo entretido com fait-divers e migalhas de esperança, e uma terra que vai sendo lentamente alienada dos seus próprios filhos, transformada em postal para turista ver, enquanto os madeirenses lutam para não se tornarem figurantes na sua própria casa.
É possível, e até provável, que o PSD continue a ganhar na Madeira, porque não se trata já de política, mas de condicionamento psicológico coletivo, sobretudo de uma oposição minada que só quer o seu tachinho em serviços mínimos. É impossível neste enquadramento que muita oposição seja também sistema, porque não há pior para tornar a conjuntura favorável à oposição.
A maioria da população foi educada, ao longo de décadas, para acreditar que não há alternativa. Há um medo instintivo do “desconhecido”, da mudança, como se qualquer alternativa fosse um salto no escuro. Isto não é só medo, é também uma mistura de cansaço, de dependência e de um hábito profundamente enraizado.
O PSD criou, com o tempo, uma rede quase impossível de desmontar: uma máquina que vai da junta à câmara, da câmara ao governo, do governo à imprensa, das IPSS às associações culturais e desportivas, onde tudo e todos, direta ou indiretamente, comem do mesmo tacho. E quando a sobrevivência depende do silêncio, muitos calam. Quando depende do favor, muitos agradecem de cabeça baixa.
A propaganda também faz o seu papel, com alguns fugidos de África e que perseguem todas as vozes em liberdade com a ajuda de jornalistas que, afinal, pertencem à máquina da propaganda. Há sempre obras feitas à pressa antes de eleições, quando não há, elas paralisam por culpa da oposição. Há promessas reaproveitadas com novas datas, uma “crise nacional” para culpar, e uma imprensa domesticada a repetir o refrão da estabilidade, do cansaço para os eleitores da oposição, da boa gestão, da Madeira modelo. E mesmo quando há escândalos, são tantos e tão frequentes que se tornam banalidade, o povo já nem se choca. “São todos iguais”, dizem. E aí está o truque: quando todos são iguais, ganha quem já está.
Além disso, existe uma geração mais velha que viveu o antes, o tempo do abandono total, e associa o PSD ao progresso. Ainda que esse progresso seja agora fachada, ainda que a juventude fuja, ainda que o turismo engula tudo, ainda que o custo de vida seja insuportável… a memória seletiva sustenta o voto.
E há os dependentes do sistema, os que têm emprego porque conhecem alguém, os que esperam uma colocação, um subsídio, um empurrão. Os mais estúpidos da oposição a serem promovidos a metro nas páginas dos jornais que mais não querem do que um subsídio e ficam quietinhos, usando a pobreza e os maus tratos. Esses não votam por convicção, mas por sobrevivência.
Por isso, mesmo com tudo a ruir, mesmo com a corrupção a céu aberto, o PSD continua a ganhar. Não porque seja o melhor, mas porque soube amarrar a ilha ao medo, ao favor e à memória.
Quanto pior ... melhor! Nada disto é mentira, mas o madeirense gosta de ilusões, falsos elogios e tem orgulho não sei do quê!
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