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Muita água e estrelas cadentes, mas só um foi preso. |
A constelação política que Pedro Calado plantou no coração da Madeira, uma equipa tão brilhante, mas tão suspeita…
T emos Cristina Pedra, que não largava o osso nem com escândalo, parece que só saia da Câmara se for de guindaste ou de camburão. Joao Rodrigues, sempre pronto para dar uma volta olímpica, nem que seja no pátio da prisão preventiva. Bruno Pereira e Nádia Coelho, duas estrelas cadentes, mas daquelas que não se deseja ver, principalmente se estiveres a pagar impostos. E claro, Pedro Calado, o maestro desta orquestra dissonante, que parece ter confundido "governar" com "gozar o erário".
Mas o verdadeiro destaque vai, claro, para a nossa estrela foragida, Margarida Pocinho, a única cubana do grupo e, ironicamente, a mais “invisível”. Esta senhora conseguiu desaparecer da Câmara antes mesmo de a PJ ligar o motor do carro. Dizem que foi vista pela última vez a sorrir com um mojito na mão e a dizer “Hasta luego, camaradas!”
Pocinho era tida como a especialista em educação, mas afinal o único diploma que demonstrou com eficácia foi o de mestre em Desaparecimento Estratégico. Quem sabe se não estará neste momento a lecionar um curso intensivo de "Corrupção para Principiantes" em Havana, com módulo opcional em "Fuga com Estilo".
É caso para dizer, que bela peça o Calado trouxe da diáspora! Não sabemos se foi um intercâmbio político ou apenas um erro de casting, mas o que é certo é que Pocinho foi a cereja podre no topo do bolo mal cozido que foi esta gestão camarária.
No fim, esta equipa galáctica estava mais para "Guardiões da Vergonha" do que para qualquer epopeia democrática. E a cidade do Funchal, essa, assistiu a este circo cósmico com os olhos no céu e a carteira no chão. Oxalá a justiça tenha combustível para aterrar todos eles, de preferência num campo mais fechado e menos ornamentado.
Se pensavam que a estrela cubana da Câmara do Funchal tinha caído no esquecimento após o seu misterioso desaparecimento antes da chegada da PJ, desenganem-se, Margarida Pocinho não desapareceu, apenas mudou de palco. E que palco! A Universidade da Madeira, onde continua alegadamente a protagonizar o seu número preferido, o truque de alegadamente fazer desaparecer dinheiro público com elegância académica.
Sim, é isso mesmo, enquanto a população do Funchal tenta perceber como é que esta “equipa galáctica” de Calado nos levou à deriva, Pocinho mantém-se bem instalada no campus, onde dizem que o único ensino que realmente ministra é “Como Usar Fundos Públicos Sem Sair da Sala dos Professores”. Um verdadeiro doutoramento em Finanças Paralelas.
A alegada corrupção deixou de ser uma suspeita apenas camarária, agora é universitária, institucional, e, para muitos, escandalosamente descarada. Afinal, a única coisa que Pocinho parece não ter feito desaparecer... foi ela própria. Continua firme e hirta, agarrada à universidade como um percevejo ao casco do navio, drenando o que pode, como se o erário fosse uma extensão do seu salário.
Enquanto isso, os estudantes da UMa enfrentam cortes, falta de condições e precariedade. Mas a doutora Margarida? Essa continua, dizem, a faturar e a voar abaixo do radar, com a mesma subtileza de um avião militar em manobras de guerra eletrónica. É o verdadeiro “estudo de caso” da impunidade madeirense, desaparece da política, mas continua a sugar da fonte pública como se nada fosse. Um talento raro, e profundamente tóxico.
E Pedro Calado, o grande recrutador desta vedeta? Bem, hoje deve estar a olhar para trás e a pensar, “que bela peça fui buscar à Havana, devia era ter deixado lá.” Porque se Pocinho é a cereja podre do bolo, então o resto da equipa era a farinha vencida.
Funchal, Madeira, Portugal, há quem esteja a transformá-la num laboratório de corrupção com palmeiras. E enquanto Margarida Pocinho continua a sua travessia dourada entre os corredores da universidade e os arquivos da suspeição, só nos resta perguntar, até quando é que esta novela tragicómica vai continuar sem justiça no episódio final?
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