A "guerra" política em torno do eurodeputado madeirense.
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O cerne da discussão gira em torno da representação dos interesses regionais na Europa e de quem é o responsável por essa representação, bem como da sua eficácia, o problema é que mete política pelo meio e não o interesse da Região.
Nas próximas eleições europeias, o PSD Madeira vai arranjar uma narrativa de que é importante ter um deputado madeirense no Parlamento Europeu? Como? Só os seus são bons? O Sérgio Gonçalves pode ter os seus defeitos, mas é o mais bem preparado de há muitos anos se comparado do ex deputados madeirenses no Parlamento Europeu. E garanto que bem melhor do que os secretários que deveriam lidar com ele. Esta é a pequenez do PSD-M
De um lado, o PS, pela voz de Victor Freitas, questiona por que razão o Governo Regional (PSD) não recorre ao eurodeputado Sérgio Gonçalves para defender os interesses da Madeira em Bruxelas, classificando a atitude como "xenofobia partidária". Uma acusação forte, sugerindo que o PSD está a colocar os interesses partidários acima dos regionais, recusando-se a colaborar com um opositor mesmo que isso beneficie a Madeira.
Do outro lado, o PSD, através de Bruno Macedo, contra-ataca, questionando abertamente a utilidade de Sérgio Gonçalves. As críticas são incisivas: o eurodeputado é acusado de ser apenas "corpo presente", uma "caixa de ressonância dos grandes interesses instalados" e de não ter tomado uma posição clara sobre a centralização dos fundos europeus. A comparação a "um guarda-chuva aberto dentro de casa" é uma metáfora particularmente depreciativa para ilustrar a sua alegada inutilidade.
O Bruno Macedo sabe, com certeza, que já teve deputadas de passeio e baldas no Parlamento Europeu. O PSD, sem um eurodeputado próprio, faz como sempre, sujar o adversário, descredibiliza a capacidade de intervenção do eurodeputado do PS, talvez para justificar a sua própria falta de representação direta e para reforçar a ideia de que o trabalho de influência deve vir de outras vias (como o apoio do eurodeputado açoriano mencionado). Que vergonha!
Porque é que o PSD nacional vai colocar um deputado da Madeira nas suas listas para o Parlamento Europeu no futuro? O PSD-M não valoriza madeirenses e pode muito bem colaborar com outro deputado, dos Açores, de Lisboa, etc. O topete, a incapacidade ou a recusa em colaborar prejudica a região, mas isso agora não é importante, só como verborreia eleitoral.
Este debate continuará a ser uma constante na política madeirense porque o PSD-M não muda. Tivemos um mau deputado a mostrar o que é no Parlamento, por muitos defeitos que também tenha Vítor Freitas. O PSD-M tem mais! A arrogância está de volta.
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