C om o anúncio de não candidatura de Miguel Silva Gouveia e Cristina Pedra, o Juntos Pelo Povo, como principal alternativa de governo, tem obrigação de apresentar à maior autarquia da Madeira uma candidatura responsável para governar e não de oposição, como costuma fazer.
Para mim terá uma de duas hipóteses: ou avança Élvio Sousa, que ganharia visibilidade, experiência e reconhecimento para nas próximas regionais eventualmente chegar a Presidente do Governo (e deixa o seu lugar ao Rafael Nunes ou à Lina Pereira, que estaria bem entregue). Ou avança com alguém da sociedade civil, com visibilidade no meio académico, experiência, que demonstrasse que o JPP tinha capacidade de recrutamento de bons quadros, e não apenas um partido de protesto.
O cenário é perfeito, o JPP, sabendo que o PS, apresente quem apresente, terá sempre um péssimo resultado, só tem de deixar o PS dar o último suspiro e ir sozinho a eleições (coligar-se, como defende em desespero Carlos Pereira, seria dar um balão de oxigénio a um partido que jamais ultrapassará novamente o JPP). Do outro lado, o PSD, em vez de apresentar um candidato com credibilidade na sociedade como o Manuel António ou o Bruno Pereira, prepara-se para avançar com um boy do partido. Todo este cenário só dará espaço a um resultado histórico do JPP, se souber guiar bem o Ferrari que agora tem.
Pior cenário mesmo, como li algures, seria avançar com Filipe Sousa. As minhas desculpas a quem vou desiludir mas acho não tem esse perfil e que será um tiro no pé.
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