Se toda a eleição fosse analógica como o Conclave, Putin agarrava-se aos... respectivos.


Putin que já destruiu a América "elegendo" Trump não influência o mais pequeno Estado do mundo. Para reter e pensar!

S e todas as eleições fossem como o Conclave do Vaticano, trancados numa sala, sem internet, sem telemóveis, com votos em papel e fumo branco ou preto a anunciar o veredito... o senhor Vladimir Vladimirovich Putin estaria, nesse cenário, reduzido a um mero espectador, agarrado aos seus... nervos, ou, vá lá, aos seus respetivos instrumentos de influência internacional (com ou sem censura, depende da hora do Kremlin).

Afinal, como se hackeia uma chaminé? Como se instala um malware numa urna de madeira? Como se infiltra um bot russo entre cardeais que nem Twitter têm? Qual a agência de um "anão de valores" que poderá colocar a jogar sujo?

Putin, mestre da ciberestratégia, engenheiro-chefe do caos digital, habituado a semear discórdia com memes e a infiltrar algoritmos como quem respira, ficaria de mãos atadas. O Conclave não é como a Torre de Newark que ficou sem radar nem comunicações, nem eleições na Roménia ou apagões. No Conclave não há phishing, há apenas fumo e o fogo é o Habemus Papam. E não o das fábricas russas: é o da queima de boletins secretos, papel, fogo e fé. Vai ser difícil eleger Donald Trump Papa, ele nem sabe de onde veio a graçola.

Imaginem-no, em Moscovo, a tentar descodificar sinais de fumo com software de reconhecimento de padrões, só para descobrir que era apenas a eleição de um novo Papa e não o resultado de uma eleição americana.

Neste mundo analógico, o antigo agente do KGB ver-se-ia forçado a voltar às origens: talvez tentar subornar o sacristão, infiltrar um corvo no Vaticano (literalmente) ou programar um confessionário para escutar conspirações celestiais. Spoiler: nem isso dava. Os cardeais são mais fechados que os servidores do Pentágono.

Foi assim que os eméritos de uma ditadura democrática nunca foram nem serão apanhados, eram malas de dinheiro vivo. Mesmo assim, aqueles que só tinham envelopes entalaram-se

Moral da história? Se o mundo voltasse ao papel e ao selo de lacre, os hackers teriam de aprender caligrafia. E Putin… agarrava-se aos respetivos.

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