N a escola pública das artes, o Imperador sai de cena no fim do ano letivo. Em seu lugar, está a ser preparada a sucessão, como se uma escola pública fosse uma coutada, com vínculos de Colonia, uma Banana Ram GESBA ou uma Century 21. O escolhido designado, que já constava no organigrama do recentemente criado instituto das artes, é o diretor pedagógico, que ninguém conhece fora da escola e ninguém reconhece valor dentro da escola. Mosca morta, que nunca fez nada, nem como professor, nem como músico, salientando-se um único projeto extraescolar: as taças tibetanas e venda de produtos e workshops.
O personagem está a ser divulgado, pelas redes sociais e pelos centros comerciais da cidade do Funchal, locais onde o imperador, e a casta dirigente, andam à caça de novos alunos, entre crianças e jovens que passeiam com os pais. O objetivo é a instituição ter matriculados, milhares de alunos, garantindo junto das fontes de financiamento: o governo e os fundos comunitários, verbas e mordomias.
Esta escola, não segue o natural fluxo do rácio da Procura, adaptado à circunstância de uma Ilha com 250 mil habitantes. Bastava para isso estar de portas abertas, ter um projeto educacional de qualidade e receber inscrições, sem ‘’impor’’ matrículas. Promete um mundo fantástico, que não pode oferecer, a jovens e famílias. Pois, o Rácio da empregabilidade da Música, Teatro e Dança, no fim do Curso de 12º Ano Profissional, na cidade do Funchal é ZERO!...
Nas outras áreas de formação, das outras escolas da Madeira, com vertente Profissional, os rácios de emprego são visíveis. Porquê? O número de alunos é limitado e as profissões de saída, adequam-se à Procura, dentro deste nosso pequeno, limitado e ultraperiférico mercado laboral madeirense. Incontornável!
A sucessão vai acontecer. Mas se for nestes moldes, tudo vai continuar na mesma. As regras e preceitos serão emanados da Calheta (casa de férias) e serão depois cumpridos pelo número 2 da hierarquia, que por essa altura, será promovido a número 1.
A escola tem uma casta de intocáveis que foram sendo criados e aglomerados, à volta do Imperador, ao qual têm obediência e seguidismo. À volta da mesa, num falso conselho pedagógico, consultivo, dizem sempre sim a tudo. Estão lá para manter as aparências e o formalismo. Estes também querem o ‘’mosca morta’’ como diretor, ele próprio um dos ‘’Yes Men’’. Mantê-lo é o objetivo. E tudo se mantem. As mordomias, a exclusividade nos cargos sem possibilidade de mudança, o estacionamento selvagem do carro pessoal, em cima do que resta do frondoso jardim do Hotel Nova Avenida.
Todos eles e o Imperador, não mexeram uma palha, para exigir um edifício condigno para a sua escola, juntando num só edifício os anexos e telheiros onde os verdadeiros professores e artistas se amontoam dia a dia, nas suas aulas e atividades.
Sustentabilidade, Futuro e Liderança. São vários os professores, portugueses e estrangeiros, do Quadro da Escola, que seriam capazes de empreender uma verdadeira mudança na instituição.
O «professor de Educação Física» que tutela a Educação na Madeira já pensou nisto? Que tudo isto, lhe vai rebentar nas mãos nos próximos 4 anos de governo? Que as pessoas não consentem que uma escola pública seja uma monarquia? Que todos os números de milhares de alunos propagandeados, são ao fim do dia ZERO, em termos de saída artístico-profissional no nosso meio e sociedade?
Que isto tudo, é um assunto sério?
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.